O elefante entrou na sala e não o convidaram

Você viu o elefante que entrou na sala sem pedir autorização e começou a quebrar os cristais? Sobre o que eu falo: do e-mail que a Amazon encaminhou para os seus assinantes, informando sobre a veiculação de anúncios em seus conteúdos. Você viu a repercussão que isso gerou?

Mas, afinal, a culpa é da publicidade ou da plataforma que irá utilizar a publicidade para aumentar o seu faturamento? Para quem é da publicidade, é mais um meio para veicular os anúncios de seus clientes. Para o usuário é mais uma interrupção em seu momento de lazer.

Bem, em nenhum momento da história, as pessoas pararam para ver/ouvir um comercial. Isso sempre foi uma “distração” em meio ao que o público estava consumindo naquele determinado momento. Mas, como eu já li em alguns lugares, sempre havia uma “informação” que o break comercial começaria e, com isso, as pessoas se preparavam para aquela interrupção.

Tá, mas deixa eu dar o meu pitaco sobre o que os streamings estão fazendo em relação às propagandas em suas plataformas. No meu ponto de vista, o problema em si não são os anúncios, mas a baixa qualidade criativa que observamos atualmente nos comerciais. Eles parecem ser mais do mesmo.

Se substituirmos a marca que assina o filme, não conseguimos distinguir sobre qual empresa estão falando, afinal, todas querem salvar o mundo ou te fazer mais feliz. São poucas as marcas que têm a coragem de fugir do senso comum dos dados e criar uma história que realmente toque o consumidor.

Uma coisa que eu sempre aprendi com os criativos, que são referência no nosso mercado, é que publicidade deve ser entretenimento, exatamente por ser uma interrupção do momento de lazer das pessoas. E, por isso, ela precisa prender o consumidor naquele tempo pré-determinado com um storytelling que realmente se destaca.

Bem, no final das contas, qualquer meio de comunicação (que é uma empresa) precisa pagar suas faturas. E, a publicidade sempre foi o meio mais utilizado para isso. Então, não culpe a publicidade. Ela não é a vilã nesse caso. Culpe a falta de criatividade de quem cria a publicidade.

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