Consultor financeiro destaca que o benefício pode ajudar a quitar dívidas, organizar o orçamento e iniciar uma reserva de emergência

Com a chegada do fim de ano, o pagamento do 13º salário representa uma oportunidade de reorganização financeira para milhões de brasileiros. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, cerca de 95,3 milhões de pessoas devem receber o benefício, com valor médio aproximado de R$ 3.512. Para o consultor financeiro Renan Diego, planejamento é o principal passo para transformar o recurso em um aliado da saúde financeira.

O principal erro no uso do 13º salário é a falta de organização. Muitas pessoas recebem o valor e acabam gastando tudo de uma só vez, e o dinheiro sem destino definido acaba sumindo. O ideal é que o planejamento seja feito antes mesmo de o dinheiro cair na conta. Analise sua situação atual e, antes de qualquer gasto, estabeleça quais serão as prioridades para o uso dessa quantia”, orienta.

Levantamento das finanças como ponto de partida
A primeira recomendação é fazer um raio-x completo da vida financeira. De acordo com o especialista, mapear dívidas, contas em atraso e compromissos fixos ajuda a direcionar o uso do dinheiro extra, permitindo regularizar parcelas de serviços essenciais, como moradia, energia elétrica e telefonia.

Quitar dívidas com juros mais altos
Renan recomenda que, havendo débitos, o foco inicial seja a quitação. A orientação é destinar, preferencialmente, até 50% do 13º salário para eliminar integralmente a dívida com maiores juros ou melhores condições de desconto à vista.

Evite utilizar o 13º para renegociar várias dívidas ao mesmo tempo, pagando apenas uma parte de cada uma. Quitar uma dívida por inteiro é muito mais eficiente para romper o ciclo do endividamento”, explica.

Reserva de emergência ganha protagonismo
Outro ponto destacado é a formação de uma reserva financeira. O consultor afirma que o ideal é ter um montante equivalente a até seis meses de despesas, que deve ser usado apenas em situações imprevistas, como perda de renda ou transição profissional. Segundo ele, direcionar parte do 13º para essa finalidade é uma forma prática de iniciar esse colchão de segurança.

Investimento como estratégia de longo prazo
Por fim, o especialista orienta que o benefício também pode ser canalizado para investimentos conservadores, como CDBs com rendimento superior a 100% do CDI, que oferecem liquidez e retornos superiores à poupança, ajudando na construção de estabilidade financeira no médio e longo prazo.

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