Da Redação.
Até o final de 2020, as micro e pequenas empresas já representavam cerca de 30% do PIB nacional; segundo o Sebrae, as MPEs são responsáveis por 73% das vagas de emprego geradas este ano; e o Brasil também é o 7° país com o maior número de empreendedoras, com 24% de mulheres
Neste 5 de outubro comemora-se o Dia do Empreendedor. A data foi instituída em 2005 para celebrar a Lei Geral da Micro e Pequena empresa e busca valorizar as pessoas que enfrentam um mercado exigente, assumindo riscos e expressando a sua criatividade para construir um negócio próprio.
No Brasil, em particular, o empreendedorismo está emergindo como um dos motores mais potentes do crescimento econômico e da inovação. De acordo com o Sebrae, até o final de 2020, as micro e pequenas empresas (MPEs) representavam cerca de 30% do Produto Interno Bruto do Brasil. Estima-se que mais de 9 milhões de MPEs estejam operando no país, responsáveis por aproximadamente 55% dos empregos formais. Esses números impressionantes destacam o papel insubstituível dos empreendedores no cenário econômico brasileiro, sendo a força vital por trás da maior parte das novas criações de emprego e inovações.
Alessandro Roncolleta, empresário de Atibaia e membro do Conselho Deliberativo da Associação Comercial e Industrial de Atibaia (ACIA) – a qual já presidiu por duas gestões – é um entusiasta do empreendedorismo e entende que “Ser empreendedor ou empreendedora é um ato que suplanta o profissional ou os negócios. É uma vontade de fazer acontecer, de acreditar e de se superar dia a dia. Podemos perceber o “espírito empreendedor” em todas as pessoas, bem como em pequenos e simples atos que rodeiam nossa vida, independente da formação profissional ou posição social“, e complementa com um conselho e um incentivo às pessoas que desejam empreender: “Quando você tiver uma boa ideia, um bom plano, se prepare! Pense nos pros e contras, mas nunca se deixe abater pelas primeiras dificuldades. Acredite, corrija a rota e siga em frente! Empreenda em sua vida, nos seus negócios e em prol de um mundo melhor e acima de tudo, faça o que lhe deixe feliz!” conclui Roncolleta.
A força do Empreendedorismo Feminino
Importante ressaltar também a influência das mulheres neste ramo do empreendedorismo. A cada tempo, as mulheres estão mais participativas e se envolvendo ainda mais no mundo dos negócios. O protagonismo do público feminino no mercado de trabalho está em constante expansão.
O Brasil é o 7° país com o maior número de empreendedoras, algo que as torna ainda mais fortes. Elas estão assumindo posições importantes na sociedade, como no empreendedorismo, considerada uma área dinâmica e imprevisível. Também segundo o Sebrae, as mulheres empreendedoras correspondem a mais de 10 milhões no mercado, sendo a maioria nas classes C, D e E. De todos os empreendedores do país, 24% são mulheres.
Cada vez mais protagonista, a mulher fortalece a sua voz para liderar em prol de um mundo mais igualitário e justo. Os motivos pelo qual esse público decide empreender se destacam em: busca por autonomia, horário flexível, dificuldade de encontrar colocação no mercado, busca por realização profissional e trabalhar com propósito.
Fernanda Bueno é a consultora do Sebrae para Atibaia, Mairiporã e outros municípios aqui da região. Ela que também faz do grupo de mulheres brasileiras que empreendem, lembrou que “hoje é o dia das pessoas mais criativas, que diariamente buscam realizar seus sonhos, dispostas a enfrentar as adversidades e vencer. E entre essas pessoas empreendedoras destacam-se cada vez mais mulheres que assumem seu protagonismo no sustento de suas famílias e na economia como um todo. A todas essas pessoas – homens e mulheres que empreendem -, eu cumprimento e presto minha homenagem.”
Data também é marcada pela assinatura de acordos a favor do empreendedorismo
Este 5 de outubro também foi marcado pelo anúncio de parcerias estratégicas entre o Sebrae e o governo federal, em especial, com os ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, além de um acordo de cooperação com os Correios. Tais medidas visam fortalecer os pequenos negócios, além de contribuem para a promoção da inclusão social por meio do empreendedorismo.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) firmou com o Sebrae um convênio voltado à inclusão socioeconômica por meio da formação, capacitação, do desenvolvimento de potenciais empreendedores e empreendedores formalizados com vistas à emancipação das pessoas inscritas no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).
Segundo o ministro da pasta Wellington Dias, serão investidos inicialmente R$ 15,2 milhões para alcançar a meta de atender 1 milhão de empreendedores selecionados do público do CadÚnico do Bolsa Família.
Já com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos foi assinado um acordo para promover a melhoria da gestão pública a partir da aproximação com o empreendedorismo brasileiro, facilitando processos de inovação pública, compras governamentais e transformação digital das instituições. De acordo com a ministra Esther Dweck, a parceria com o Sebrae é muito importante para que os instrumentos de gestão pública contribuam para o desenvolvimento econômico e social, valorizando sobretudo os pequenos negócios na participação de compras públicas. “É essencial que o poder de compra do Estado ajude não apenas as grandes empresas, mas também os pequenos negócios, que devem e merecem ser estimulados no uso da nova lei de licitações”, declarou.
Por fim, o diretor de Operações dos Correios, Temístocles Júnior, comentou sobre a importância da parceria com o Sebrae, que tem como foco a orientação de empreendedores voltada para a gestão de negócios e incentivo ao desenvolvimento da economia local, em especial nas áreas de logística e promoção comercial. O trabalho em conjunto vai preparar os pequenos negócios para atuarem no mercado de e-commerce com apoio na logística de comercialização e entrega de produtos e no acesso ao mercado internacional para as MPE que desejam exportar. “Para nós, é fundamental estimular o empreendedorismo e as micro e pequenas empresas, porque elas são geradoras de negócios também para os Correios.”