Pesquisa do Itaú Unibanco em parceria com o Grupo Consumoteca indica mudança cultural: o diálogo sobre finanças deixou de ser um tabu e passou a integrar a rotina familiar e social

O levantamento “Consciência e prosperidade: a nova relação do brasileiro com o dinheiro” mostra que 78% dos entrevistados afirmam não sentir mais constrangimento ao tratar de finanças. Segundo o estudo, esse movimento está associado a uma transição do foco exclusivo em estabilidade para uma busca por prosperidade, incluindo múltiplas fontes de renda, educação financeira e investimentos.

O relatório indica que o hábito de falar sobre dinheiro avançou independentemente de faixa etária, renda ou região, mas é mais pronunciado entre os mais jovens. Entre a Geração Z, oito em cada dez entrevistados acreditam que terão um padrão de vida superior ao dos pais — sinal de uma expectativa otimista que vai além do simples controle orçamentário.

Para o consultor financeiro Renan Diego, a mudança é positiva e contribui para decisões mais conscientes no dia a dia. “Durante muito tempo, o dinheiro só era tema quando havia problemas. Hoje, as famílias tratam do orçamento com mais naturalidade, o que é essencial para criar hábitos saudáveis”, afirma. Ele recomenda práticas simples de organização, como um controle regular das entradas e saídas e um check-in financeiro mensal para revisar metas e gastos.

Entre os benefícios apontados pelo levantamento estão maior planejamento para objetivos como viagens e quitação de bens, maior adesão a investimentos e um aumento no interesse por educação financeira. Ainda assim, especialistas lembram que conversar não basta: é preciso transformar diálogo em prática, com metas claras, reserva de emergência e acompanhamento periódico.

“Conversar sobre dinheiro deve ser um momento de aprendizado e cooperação, nunca de comparação ou cobrança”, conclui Renan, reforçando que o tom do diálogo familiar influencia diretamente a formação de hábitos financeiros mais saudáveis.

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