Atuando, agindo e fiscalizando o contrato assinado.

Boa parte das pessoas que se envolvem em um negócio, especialmente quando este está estruturado no formato de franquias, o fazem com o objetivo de realizar um sonho ou concretizar uma oportunidade. Afinal, acredita-se que empreender por meio de uma franquia oferece vantagens e um modelo de negócios comprovado, respaldado por uma marca já testada e estabelecida no mercado. No entanto, muitas franqueadoras não estão preparadas para entregar o “futuro” que prometeram, e essa promessa frequentemente não se materializa de forma tangível para os franqueados. Nesse cenário, cabe ao franqueado, que assume a posição de cliente contratante, fiscalizar de perto o cumprimento dos direitos contratuais e legais para garantir que aquilo que foi acordado seja efetivamente entregue.

A responsabilidade de manter um relacionamento saudável e produtivo é tanto do franqueado quanto da franqueadora. A franqueadora, por sua vez, tem o papel crucial de garantir que as inovações tecnológicas estejam acessíveis a toda a rede, assegurando que essas ferramentas sejam efetivamente implementadas e beneficiem todas as unidades. No entanto, não basta que apenas a franqueadora promova esse movimento; os franqueados também têm um papel ativo nesse processo. Isso inclui a participação em um sistema de feedback estruturado, que visa não só a aprimorar treinamentos e procedimentos, mas também a fomentar discussões que resultem em melhorias concretas para toda a rede. Afinal, não existe um ambiente completamente controlado ou perfeito. Pelo contrário, as diferentes realidades das unidades franqueadas convivem, sobrepõem-se e, em muitos casos, demandam soluções específicas que precisam ser avaliadas e implementadas pela franqueadora.

É importante que os franqueados assumam uma postura proativa, documentando suas ações e interações, para evitar problemas legais no futuro e proteger seu investimento. Não se deve esperar que os problemas se agravem para agir; a prevenção é sempre a melhor estratégia. Em última instância, o franqueado é o procurador de seu próprio investimento, e sua atuação pode determinar o sucesso ou fracasso do negócio. Assim, é essencial que você, como empreendedor, se pergunte:

– O que seu dinheiro está lhe dizendo sobre o seu investimento? Se a resposta não for positiva, é hora de agir.

Com essa reflexão em mente, examine as práticas adotadas pela sua unidade. Identifique aquelas que não estão funcionando na sua realidade local e busque soluções tanto internas quanto externas. Internamente, converse com a franqueadora para entender como a experiência dela pode ajudar a mudar a situação dentro de um prazo de três meses. Se essa curva de posicionamento não se alterar nesse período, é um sinal de que a tendência negativa pode se consolidar, exigindo ações mais drásticas. Externamente, procure consultorias especializadas e, mais importante, ouça o seu cliente. Entender o que falta para que ele se encante com sua unidade pode ser a chave para virar o jogo. Muitas vezes, a questão pode estar relacionada a fatores como nicho de mercado, perfil de consumo, posicionamento ou mesmo a localização da unidade. Quanto mais cedo esses fatores forem identificados, mais rápido poderão ser ajustados. Não se negligencie.

Esses elementos são fundamentais para que os franqueados prosperem em um ambiente de negócios que se torna cada vez mais competitivo e dinâmico. Portanto, é crucial que nós, como empreendedores, assumamos uma postura ativa, exigindo que as franqueadoras estejam sempre à frente das mudanças, oferecendo não só as ferramentas e os recursos necessários, mas também o suporte contínuo e estratégico que possibilite o sucesso coletivo. Isso significa um relacionamento mais colaborativo, no qual ambos os lados — franqueados e franqueadoras — compartilham a responsabilidade pelo crescimento e sustentabilidade do negócio. A prosperidade no sistema de franquias depende de uma sinergia forte e alinhada entre todas as partes envolvidas, garantindo que os desafios sejam enfrentados de maneira eficaz e que as oportunidades de melhoria sejam continuamente exploradas e implementadas.

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