Como pode um setor que emprega e gera renda para milhares de pessoas ser esquecido ou, melhor dizendo, não ser priorizado pelos candidatos nas eleições?
De janeiro a maio de 2024, o Brasil recebeu 3.264.765 turistas internacionais. O número cresceu 8,6% em comparação com os primeiros cinco meses de 2023. Neste ano, um total de aproximadamente 6 milhões de turistas estrangeiros esteve em nosso país e injetou R$ 34,5 bilhões.
Apesar de esses números estarem crescendo, ainda são muito baixos em comparação com os grandes destinos turísticos do mundo.
Portanto, o que fazer para o setor desenvolver-se e utilizar todo o potencial existente no Brasil?
Essa é a pergunta que o poder público poderia fazer, e mais: realizar um diagnóstico atualizado, ouvir o setor através dos principais players, entidades, empresários e, em seguida, propor políticas públicas consistentes para o desenvolvimento sustentável e escalável do setor.
No âmbito federal, estadual ou municipal, o turismo ainda não é prioridade. Com isso, o tempo está passando e outros locais estão avançando. Não acho que seja tarde para despertar, só penso nas oportunidades que estamos perdendo há muito tempo.
Benefícios de um turismo organizado e sustentável:
- Geração de emprego e renda (desenvolvimento socioeconômico)
- Conservação e valorização do patrimônio histórico e cultural
- Desenvolvimento de destino inteligente
- Conservação do meio ambiente
- Avanço na acessibilidade
- Qualidade de vida para os moradores
- Resgate do bem-estar da população
- Maior oferta de lazer para os moradores
- Embelezamento da cidade e parques
- Calendário de eventos pré-definido
- Desenvolvimento da economia criativa
- Criação de vínculos com diferentes culturas
- Resgate das tradições
E muito mais.
Também podemos falar de alguns pontos negativos, sim, eles existem, como o chamado e muito discutido atualmente overturismo. No entanto, com conhecimento, exemplos de sucesso e boas práticas, a chance de mitigar esses pontos é grande.
Voltando ao planejamento do turismo e tendo como base o cenário atual, por que não dar uma virada de chave e ver esse setor com outros olhos?
Talvez um plano macro possa transformar a cidade em um DESTINO TURÍSTICO INTELIGENTE, considerando a potencialidade da cidade e respeitando sua identidade.
Outro fator importante é uma gestão transversal, visto que a atividade do turismo (serviços) utiliza mais de 54 segmentos da economia, o que torna muitas as necessidades inerentes ao processo.
Nesse modelo de gestão, e com o projeto sendo de conhecimento de todos, há uma maior fluidez nas ações e, assim, o resultado é eficaz, sem perda de tempo, muito menos de dinheiro.
Fortalecer as entidades, os conselhos e apoiar a classe empresarial que investe milhões na divulgação de seus empreendimentos turísticos também é uma estratégia importante e faz toda a diferença nos resultados e no avanço do setor.
Acredito que haja várias ações que podem ser feitas, e aqui citei algumas delas. Tenho a mais pura convicção no poder transformador desse setor.
Vamos juntos lutar por políticas públicas para transformar isso em realidade!
Pós-graduada em Habilidades Gerenciais, com formação em Marketing e pós-graduada em ESG (Environmental, Social and Governance) e Habilidades Gerenciais, possui vasta experiência na área de Turismo. Atualmente é gestora Executiva e Relacionamento do Atibaia e Região Convention e Visitors Bureau. Empresária e consultora, participante do Conselho de Turismo, Conselho Estatual do Monumento Natural da Pedra Grande e Conselho do Parque Grota Funda. Defensora do cooperativismo e associativismo, sempre conectada aos principais temas relacionados ao Turismo, onde atua há 23 anos.