Pesquisa revela que mais de 50% das empresas já possuem estratégia formal de sustentabilidade, e 64% de seus executivos consideram o tema uma prioridade estratégica

A integração das práticas de ESG (ambientais, sociais e de governança) tem avançado no Brasil, com um número crescente de empresas formalizando estratégias voltadas à sustentabilidade. Um estudo recente da Aberje, que ouviu mais de 400 executivos de médias e grandes empresas, revelou que 64% consideram a sustentabilidade uma prioridade estratégica. Além disso, mais da metade das companhias já possuem uma área de ESG formalizada, um avanço significativo em relação a 2021, quando esse percentual era de pouco mais de 35%.

Desafios para a implementação efetiva do ESG

Apesar dos avanços, especialistas destacam que o principal desafio ainda é a transição do storytelling para o storydoing, ou seja, transformar o discurso sobre ESG em ações concretas e mensuráveis dentro das empresas.

“Estruturar boas práticas e manuais de ESG é um primeiro passo, mas a verdadeira transformação ocorre quando essas diretrizes são incorporadas de forma concreta nas estratégias de negócio e na cultura organizacional”, afirma Daniel Grynberg, diretor-executivo do Grupo Mais Unidos.

O estudo indica que adotar práticas ESG deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade para empresas que querem se manter relevantes no mercado. No entanto, o desafio está em garantir que essas práticas sejam efetivamente implementadas no dia a dia, com ações que transcendam os relatórios e documentos internos.

Para isso, é essencial um compromisso real da liderança, além de investimentos em capacitação e engajamento dos colaboradores, destaca Grynberg.

Impacto social e iniciativas concretas

O Grupo Mais Unidos, que atua em parceria com empresas, governos e organizações da sociedade civil, tem sido um agente de conexão entre corporações e iniciativas de impacto social, especialmente na Amazônia Legal. A organização viabiliza projetos de educação, inclusão produtiva e desenvolvimento sustentável, garantindo que as práticas ESG ultrapassem os documentos internos e se traduzam em transformações reais.

“O maior desafio para muitas empresas é garantir que a sustentabilidade não seja apenas um conceito abstrato, mas sim uma parte fundamental da estratégia de negócio. Para isso, é necessário que os princípios de ESG estejam integrados à cultura organizacional, com metas claras, monitoramento de resultados e transparência na comunicação dos impactos gerados”, acrescenta Grynberg.

Com a crescente formalização de áreas de ESG dentro das empresas, a tendência é que a execução dessas estratégias se fortaleça nos próximos anos. O desafio, agora, é garantir que esse crescimento se traduza em mudanças estruturais e duradouras.

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