Nordeste lidera gastos, mas Centro-Oeste apresenta maior alta percentual, revelando panorama do mercado nacional
O hábito de incluir pescados na alimentação dos brasileiros tem demonstrado um crescimento constante nos últimos anos, consolidando-se tanto em ocasiões especiais como no dia a dia. Uma pesquisa recente do IPC Maps, especializada em potencial de consumo nacional, revela que em 2024, o dispêndio da população com pescados frescos ultrapassou a marca de R$ 10,6 bilhões. Esse montante representa um aumento expressivo de 7,5% em relação ao ano de 2023, quando os gastos no setor se aproximaram de R$ 9,9 bilhões, indicando uma crescente valorização desse tipo de alimento na mesa dos consumidores.
A análise regional dos dados do IPC Maps oferece um panorama detalhado da distribuição desse consumo pelo país. A Região Nordeste se destaca como a principal consumidora de pescados frescos, respondendo por um montante de R$ 4,1 bilhões em gastos no ano de 2024. Em segundo lugar, aparece a Região Norte, com um consumo ligeiramente superior a R$ 3 bilhões. As regiões Sudeste e Sul registraram gastos de R$ 2,4 bilhões e R$ 632 milhões, respectivamente. Esses números evidenciam a concentração do consumo de pescados frescos nas regiões litorâneas e com forte tradição em sua culinária.
Apesar de figurar na última posição em termos de volume total de gastos, a Região Centro-Oeste apresentou o maior crescimento percentual no consumo de pescados frescos na comparação entre 2023 e 2024. A alta de 11,7% elevou os gastos da região para R$ 461 milhões. Esse dado sugere uma crescente incorporação de pescados na dieta dos habitantes do Centro-Oeste, indicando um potencial de expansão do mercado nessa região.
O IPC Maps, elaborado anualmente pela IPC Marketing Editora, utiliza uma metodologia exclusiva para calcular o potencial de consumo em diversas categorias de produtos nos 5.570 municípios brasileiros. A pesquisa se baseia em dados oficiais e é apresentada em softwares de geoprocessamento, oferecendo um detalhamento abrangente do potencial de consumo por classes sociais e setores econômicos em cada cidade. Essa análise detalhada permite comparações entre municípios, regiões e áreas metropolitanas, além de fornecer informações sobre a evolução do consumo ao longo do tempo. A pesquisa se destaca por apresentar números absolutos do potencial de consumo para 22 itens da economia, possibilitando uma compreensão aprofundada das dinâmicas do mercado em nível nacional e regional.