Com a volta da bandeira amarela, consumidores buscam alternativas para reduzir os gastos com energia elétrica

Os consumidores brasileiros começaram o mês de maio com um aumento na conta de luz, reflexo da volta da bandeira tarifária amarela. A medida, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estabelece um custo adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Desde dezembro de 2024, o país operava com bandeira verde, favorecido por boas condições climáticas e ampla geração hidrelétrica.

Cenário climático e custo energético

A mudança é atribuída à redução das chuvas e à transição para o período seco, o que pode exigir o acionamento de usinas termelétricas — fontes mais caras e poluentes. Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias visa informar os consumidores sobre os custos reais da geração de energia.

Energia solar por assinatura como alternativa

Diante da elevação dos custos e da instabilidade no setor, soluções como a energia solar por assinatura ganham destaque. Para Rafael Zanatta, diretor comercial e de operações da Bow-e, esse modelo representa economia, inovação e liberdade de escolha. “O modelo de energia solar por assinatura vem ganhando cada vez mais adesão, já que os consumidores reconhecem os benefícios dessa solução, que oferece inovação, liberdade de escolha e economia significativa na conta de luz, cerca de 20% em relação às tarifas tradicionais de energia elétrica”, afirma.

A Bow-e projeta alcançar 120 MW de capacidade instalada até o fim de 2025, com uma economia estimada de R$ 30 milhões para cerca de 27 mil assinantes. O investimento nas Usinas Fotovoltaicas ultrapassa R$ 450 milhões e abrange estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, entre outros.

Sustentabilidade e diversificação da matriz energética

O modelo de assinatura permite acesso à energia solar sem necessidade de instalação própria de placas, facilitando a adesão à energia limpa. “Estamos levando energia limpa e economia para milhares de brasileiros, democratizando o acesso à energia solar e contribuindo para um futuro mais sustentável”, destaca Zanatta.

Além disso, a Aneel projeta reajustes médios de 3,5% nas tarifas ao longo de 2025, impulsionados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o que reforça a necessidade de soluções alternativas. “Em momentos de crise hídrica ou variações tarifárias, iniciativas baseadas em energia renovável proporcionam uma proteção importante para o consumidor”, conclui Zanatta.

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