No mundo dos negócios, mesmo para modelos testados, a decisão de acompanhar e entender é sua.

Delegar está entre uma das atribuições muito pouco desenvolvidas nas empresas de todos os portes no Brasil. Falta conhecimento e vontade de desenvolver alguém que, em visões limitadas, pode competir com o seu próprio rendimento. Entretanto, a questão maior talvez seja a responsabilidade envolvida com os fatos. Gerir é assumir desafios, delegar responsabilidades em pequenas e crescentes tarefas sem deixar de tomar para si as decisões finais. No universo das franquias, nada disso é diferente.

Sim, eu sei que a maioria das pessoas busca algo teoricamente comprovado, testado e como modelo a ser desenvolvido para si, com lucro no horizonte do objetivo, mas sem se preocupar ou entender os caminhos que levam a alcançarmos esse ponto. A franqueadora, sim, possui suas responsabilidades em um rol imenso de transferência de conhecimento que se compromete a passar. Todavia, em momento algum, o fato de haver um modelo assim garante o sucesso sem você se envolver.

Claro que é preciso mais que envolvimento. É preciso gestão, aprendizado e um processo em que a franqueadora precisará se mostrar capaz de ser reconhecida como tal. Em que precisará lidar com a realidade incomum de determinado franqueado – não só pela ótica do contrato, mas também pela ótica da experiência do cliente. Cliente, esse, que é a razão da existência daquela que franquia a experiência.

Mas onde está a responsabilidade do franqueado? Contratualmente, em aprender e ter tempo para se envolver. Na prática, de entender, de se aplicar de forma prévia ao entendimento do negócio e de questionar o que for necessário antes de assinar o contrato com qualquer franqueadora. E, mesmo após a assinatura, de não franquear suas decisões somente sob a força da ótica do contrato assinado. Há muito o que se perguntar para evitar que nada passe de certa forma ‘despercebida’ da empresa que é tecnicamente hipersuficiente em relação ao franqueado.

Saber melhor sobre o ramo do seu negócio pode lhe ajudar a evitar armadilhas. Cobrar seus direitos também.

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