Nos últimos anos, o esporte feminino deixou de ocupar o papel de coadjuvante para assumir, cada vez mais, o centro das atenções. Não é só uma tendência: é um movimento real, consistente e impulsionado por três frentes: qualidade técnica, engajamento das comunidades e expansão da transmissão digital.

No mês passado, estive no ginásio do Elefantão, em Atibaia, para acompanhar a Liga Regional de Voleibol Sub-17 – Série Ouro. O que presenciei ali reforça o que muitos números já vêm mostrando: o esporte feminino cresce porque as pessoas querem ver, apoiar e participar.

Cheguei um pouco antes do início do jogo e já consegui sentir a atmosfera da qual o jogo estava recebendo.

Familiares, atletas mais jovens, amigos, treinadores e apaixonados pelo vôlei lotaram as arquibancadas. Cada ponto do Atibaia era comemorado de uma forma muito intensa.

Com isso levantamos um outro ponto, o crescimento evidente das modalidades femininas nas plataformas digitais. Percebi uma transmissão passando o jogo e isso me deixou muito atento ao momento em que o esporte tem se colocado. Além da acessibilidade com os torcedores que não estavam lá, também penso no quanto esse jogo está trazendo uma performance local.

As transmissões democratizam o acesso, ampliam a visibilidade das atletas e fazem o esporte chegar onde antes não chegava.

E essa mudança não acontece só no vôlei. O futebol feminino viveu uma revolução semelhante, impulsionada por nomes que romperam barreiras. O maior deles? Marta

Quando falamos de Marta, falamos em o maior exemplo da força da visibilidade.

O impacto do esporte feminino na audiência, é impossível não citar Marta, seis vezes melhor do mundo, maior artilheira da história das Copas, inspiração global e símbolo de superação.

Lembro de uma entrevista que ela deu, falando que hoje muitas meninas tem ela como inspiraçao, porém no tempo dela não havia ninguém. Somente se agarrava em seu sonho e fez o que fez.

Marta conquistou o que muitos diziam ser impossível para uma mulher no futebol:

  • Transformou-se em referência nacional e internacional;
  • Levou o futebol feminino brasileiro a outro patamar de respeito;
  • Atraiu marcas, patrocinadores e cobertura midiática;
  • Criou um legado que abriu portas para milhares de meninas.

E é exatamente isso que vi no Elefantão.

A cada ataque, defesa ou ponto, as arquibancadas reagiam com intensidade. A transmissão digital levava o jogo para além das fronteiras do ginásio. Era mais que um jogo: era uma comunidade reunida em torno do esporte feminino.

O esporte feminino já não é promessa, é realidade. E quanto mais visibilidade ele ganha, mais meninas se inspiram, mais clubes investem, mais empresas apoiam e mais cidades se beneficiam.

O esporte movimenta economia, forma caráter, cria oportunidades e fortalece comunidades. Quando uma competição regional como a Liga Sub-17 lota arquibancadas e alcança plataformas digitais, isso mostra que estamos inseridos em algo maior — um movimento continental de valorização do esporte feminino.

A minha visita à Liga Regional Sub-17 foi mais do que assistir a um jogo. Foi testemunhar, ao vivo, aquilo que Marta, em sua trajetória, simboliza para o mundo: quando há visibilidade, o talento floresce; quando há torcida, o esporte cresce; quando há inspiração, tudo muda.

O esporte feminino não está apenas crescendo está abrindo caminhos.
E Atibaia faz parte dessa história.

Aproveito para desejar um ótimo 2026 e que muitas histórias inspiradoras venham através dessa coluna.

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