Mercados com nervos à flor da pele, um pouco (ainda) por algumas indefinições do governo eleito, outro pouco por algumas de suas definições. A névoa das incertezas políticas ainda cobre nossos olhos, com especiais eficiência e eficácia. Redes sociais contaminadas (talvez intoxicadas) por muita comunicação de baixa qualidade, quando as pautas são políticas. Sobre isso, minha decisão: melhor conversar presencialmente, com verdadeiros amigos e com familiares. Ambiente corporativo “tocando” o imprescindível e postergando decisões mais críticas, conforme as subjetividades.
A primeira semana de 2023 parece estar meses à frente, estando, realmente, a apenas 15 dias. Cenário estranho e, por isso mesmo, desafiador. O que fazer? Parar e “esperar a chuva passar”? Não! Essa é a única atitude que não se pode recomendar, aliás, sequer considerar como alternativa. Temas como estatais, orçamento, análise de PEC pelo legislativo, políticas inclusivas e titularidade de ministérios (quais ministérios?) estão repletos de lacunas e assim continuarão por alguns dias.
De certa maneira, parece-me positivo que, por força do recesso de Festas, esta coluna só volte a ser publicada no próximo janeiro. Nesse intervalo, muitas coisas serão esclarecidas e o que chamei de “névoa das incertezas”, linhas acima, deverá ter sido muito reduzida. Até lá, imagino que sentiremos alguns tremores no terreno, mas penso que serão devidos, tão somente, à acomodação do solo. Já tenho algumas inquietações com nossa economia, mas prefiro aguardar para me manifestar, junto a vocês, leitores. Responsavelmente, não devo ceder às primeiras impressões ou, ainda pior, somente às minhas expectativas – é necessário conhecer expectativas de outros analistas, confrontá-las com as minhas, que, assim, poderão ser melhoradas. Comprometo-me a permanecer atento, vigilante, às definições que virão, para poder oferecer textos úteis aos Srs., empreendedores, aspirantes ao empreendimento ou entusiastas da matéria econômica, com enfoque empresarial.
Esta será nossa última conversa de 2022, prezados leitores. Hora de apagar as luzes. Nesta hora, necessário agradecer ao JVN a oportunidade de ter este meu ano alegrado pelo valioso espaço que me foi confiado. Aos leitores, muitos, muitos agradecimentos pelo prestígio e meu compromisso de ininterrupto e crescente cuidado com o seu tempo, que venha a ser dedicado à leitura dos meus textos. Contem com isso, por favor.
Excelente fim de ano a todos!
Até 20 de janeiro!
Economista e Mestre em Administração, desenvolveu carreira em instituições financeiras de grande porte. Paralelamente e por escolha, tem trabalhado em educação corporativa e acadêmica, neste último caso, exercendo docência e gestão de cursos. É autor e revisor de material didático para diversos cursos de graduação e pós-graduação, além de autor de livros não didáticos. No meio corporativo, dedica-se à consultoria e assessoria, na gestão financeira e na análise de conjuntura econômica.