Secretaria de Política Econômica projeta alta de 2,3% no PIB, puxada pelo setor agrícola

A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária em 2025 é de crescimento, impulsionada pela maior colheita brasileira de grãos na safra 2024/25, pela leve recuperação dos preços das commodities agrícolas e pela valorização do dólar. Após um desempenho mais fraco em 2024, o setor deve ampliar sua participação na economia nacional. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda estima um avanço de 2,3% do PIB este ano, refletindo a retomada do agronegócio.

A safra recorde de grãos, prevista em 322,42 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), pode compensar a retração da pecuária e a menor produção de culturas como café e açúcar.

Apesar de desafios como juros elevados e aumento de pedidos de recuperação judicial, o setor mantém capacidade de adaptação e avanço tecnológico. “O uso de tecnologias que aumentam a produtividade, a busca por soluções sustentáveis e a abertura de novos mercados têm sido fatores determinantes para manter a expansão do segmento”, avalia Rayssa Melo, cofundadora da Agree, agfintech que alcançou R$ 800 milhões em crédito aprovado em 2024.

Crédito segue como motor de crescimento

O acesso ao crédito continua sendo um dos principais pilares do desenvolvimento rural. O financiamento viabiliza investimentos em solo, custeio das lavouras, infraestrutura e expansão das atividades.

Soluções inovadoras para facilitar o acesso aos empréstimos, como modelos de análise de risco mais precisos, plataformas digitais como a da Agree e novas linhas adaptadas às necessidades do produtor, têm sido desenvolvidas por bancos e fintechs”, comenta Rayssa.

Clima exige preparo e gestão mais estruturada

O desempenho do agronegócio também depende das condições climáticas. A previsão para 2025 aponta oscilações que podem impactar culturas diversas, tornando ainda mais relevante o investimento em inovação, manejo de solo e sistemas de irrigação.

Com isso, o crédito continua sendo um dos pilares mais importantes para a sustentabilidade das atividades. Para garantir boas condições de financiamento, os produtores precisam se preparar melhor, com uma gestão financeira mais estruturada. Isso facilita a aprovação dos recursos e fortalece o caixa das propriedades”, conclui.

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