“Diga-me com quem andas e te direi quem és”. É isso mesmo?

Existe uma teoria que diz que nós somos média das cinco pessoas com quem convivemos de maneira mais próxima. Humildemente não posso aferir a comprovação científica dessa frase, mas uma coisa eu sei: nós precisamos cuidar dos nossos relacionamentos se pretendemos construir uma boa imagem e reputação. E afirmo isso sem medo de errar, referindo-se às relações pessoais e às empresariais também.

Não há como negar que o posicionamento – e consequentemente o comportamento – de empresas, nas pessoas de seus gestores – diz muito sobre elas. E é natural que pensamentos alinhados, seja para que lado for, irão se atrair. Então, sim, faz sentido que a influência acontece e é mútua. E faz sentido também que a percepção externa ao olhar para as parcerias e até mesmo para os fornecedores das empresas seja no sentido de entender que ela compartilha daqueles valores.

Mas também é muito verdade que algumas empresas – e sempre que falo “empresas” me refiro às pessoas que as conduzem – muitas vezes se acomodam no mesmo ‘lugar’, o que representa a mesma posição e não se questionam, não reveem seus conceitos, não se atualizam e não expandem seu modo de ver o mundo. Por mais que o mundo esteja em constante mudança.

É importante observar, questionar, analisar e refletir. E, se for o caso, mudar sim de postura, porque não? Temos um exemplo não tão distante assim no tempo, da marca de cerveja que reviu seus pôsteres antigos – em que mulheres seminuas serviam cerveja – para um posicionamento totalmente diferente, convidando designers mulheres para redesenharam esses pôsteres, a fim de que representassem o respeito que as mulheres merecem: sem a necessidade de exporem seus corpos e colocando-as tomando a cerveja e não servido. Não seria ao lado de marcas assim, de empresas com essa postura, que deveríamos passar a caminhar, a “pegar na mão” e associar nossa própria marca?

Quais empresas, marcas, profissionais te inspiram? Quais os conceitos com os quais sua empresa se alinha? Com quem você tem andado? E como o seu público tem visto suas posições? Sua empresa se orgulha das posições tomadas? Ou prefere ocultá-las e viver off line “para evitar polêmicas”. Sentir que é melhor esconder sua posição ou suas parcerias pode ser um sinal de alerta. Você considera que é “uma boa companhia” para seus parceiros de negócios? Pense nisso.