Prezado(a) leitor(a), saudações. Meu nome é Marcello Muniz e foi com muito prazer que aceitei o convite do JVN para escrever para essa coluna. Nesse primeiro artigo quero contar por que me tornei economista, descrever as áreas em que venho atuando e o que você pode esperar da coluna.
Nasci em São Paulo na década de 70 e pertenço a uma das gerações que testemunhou dois dos principais eventos que mudariam os rumos do desenvolvimento econômico brasileiro nos anos subsequentes.
No plano político, assisti à transição do regime militar (1964-1985) para o regime democrático, com a formação da Nova República – cujo marco é a promulgação da Constituição de 1988.
No plano econômico, assisti ao processo de implantação do Plano Real, em 1994, que obteve êxito no combate da inflação crônica, e a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei 101/2000), que criou limites para os níveis de gasto com pessoal e endividamento público.
Ingressei no mercado de trabalho na década de 80, quando passei trabalhar no extinto Banco Nacional S.A. Nesse período, a economia brasileira atravessou uma das mais severas crises econômicas da história, fato que resultou em: baixas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB); elevadíssimas taxas de inflação; desequilíbrio nas contas do governo e nas contas externas. Não por acaso, nesse período foram implantados sete planos de estabilização econômica.
Nesse contexto, a mídia passou a dar maior espaço para o jornalismo sobre economia – e eu a acompanhava avidamente. Como bem lembro, o objetivo era descrever os objetivos e os instrumentos de cada novo plano econômico e o impacto desses na vida de consumidores, trabalhadores, empresas, comércio e mercado financeiro.
Foi acompanhando as notícias e debates veiculados pela mídia, que passei a me interessar por temas relacionados à economia. O interesse cresceu e a paixão foi tanta que em 1996, ingressei na graduação em Economia. A partir daí, pude aprender o que é, quais são os objetivos e os principais instrumentos da política macroeconômica. Da mesma forma, pude mergulhar no estudo da microeconomia para compreender como se formam os preços dos bens ou serviços.
Após me formar, passei a atuar com projetos e estudos orientados aos seguintes temas: políticas de desenvolvimento regional e política industrial. Com o tempo, e atendendo a demandas de empresas públicas e privadas nas quais atuei, ampliei meu escopo de atuação e passei a elaborar estudos de viabilidade econômica e financeira de projetos. Atualmente, sou professor de Economia e Finanças e analista de negócios.
Partindo da constatação de que compreender os fatos econômicos é essencial, pois auxilia o processo de tomada de decisões nas empresas, nessa coluna pretendo descrever o impacto das mais atuais medidas de política macroeconômica adotadas pelo governo sobre o setor produtivo. Não obstante, sempre que pertinente, pretendo apresentar o que está na base do processo de modificação do preço de certos bens ou serviços em diferentes mercados: consumo ou produção.
Já finalizando, reitero que seu feedback sempre será bem-vindo, assim como suas sugestões de temas e ou pautas; portanto, não deixe de participar diretamente, por meio dessa coluna, das minhas redes oficiais (abaixo) ou por meio do meu e-mail: < marcello_muniz@yahoo.com.br >
Abraços e até a próxima!
Marcello Muniz é economista e mestre em Engenharia pela USP. Com 20 anos de experiência profissional, é perito judicial, atua como Analista de Negócios junto à Data Science Business Management (DBSM) e é professor de Economia junto à Unifaccamp (de Campo Limpo Paulista) e Faculdade Impacta de Tecnologia (FIT).
Atuou como pesquisador da Divisão de Economia e Engenharia de Sistemas do IPT (DEES), consultor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Analista de Projetos da Fiesp.
Apaixonado por temas relacionados a políticas públicas e economia, participou na qualidade de coautor de 13 livros, entre esses: Política Industrial (Jornal Valor Econômico), Outward FDI from Brazil and its policy context (Vale Columbia Center on Sustainable International Investment), Gestão da Inovação no Setor de Telecomunicações (Fapesp) e Ressurgimento da indústria naval no Brasil: 2000-2013 (projeto-Ipea-BID).