Você empreendedor, sabia que todas as empresas precisam ter balanço? Sim, desde 2011.

E a consulta é de fácil acesso, basta ‘dar um Google’ ‘que vem a fonte oficial com a norma bem detalhadinha.

Há um formato simplificado para as micro e pequenas empresas do Simples Nacional, mas o velho livro-caixa não cola mais.

E, pasmem, muitos contadores permanecem fazendo livro-caixa ou escriturando a contabilidade de forma equivocada. Você já pediu o balanço para o seu contador e ele disse que a sua empresa não tem ou não precisa?

Exceto se você for MEI, que é desobrigado, sabe quem perde com isso???? Adivinha?!?!? A sua empresa!

Por essas e outras, há contabilidades cobrando um valor bem baixinho de mensalidade. Aahhh Carol… você está falando das contabilidades digitais? Não, estou falando de todos os tipos de prestadores. Assim como nas demais profissões, na nossa não é diferente: tem sempre alguém dando um jeitinho de burlar a legislação ou transferir a responsabilidade.

Já parou para pensar que se é você mesmo quem faz os lançamentos e um robô finaliza, quem garante que tudo está sendo apurado da melhor forma ou dentro da norma? Não conseguimos garantir nem com um ser humano fazendo…

Mas, não estou aqui para escolher por A ou B, mas apenas para passar um pouquinho de conhecimento deste vasto campo da contabilidade brasileira, que foi feita para errarmos.

Na contabilidade, pela regra, são feitos os registros de TODAS (ou, pelo menos, deveriam) as transações que geram entradas ou saídas de valores. Por esse motivo, não dá para ter uma contabilidade em ordem comprando ou vendendo sem nota, repassando valor para sócio que não consta no contrato, comprando bens da pessoa física na jurídica e vice-versa.

Mas, supondo aqui que as empresas brasileiras fossem um exemplo neste quesito, há duas formas de contabilização: caixa ou competência.

Caixa é quando o registro é feito na data em que a movimentação financeira acontece.

Competência é quando o registro é feito na data em que o evento principal acontece (sabe quando você aperta a mão do cabra e fala, ‘negócio fechado’?. Esse momento é o que vale).

Exemplificando: vejamos como essa lógica é aplicada em uma venda parcelada: a empresa XPTO vende 1.000 barras de aço por R$10.000,00, mas o pagamento será recebido em três parcelas. Se o regime adotado for o de competência, haverá o registro contábil na data da emissão da NF. Mas se o regime adotado for o de caixa, haverá três registros contábeis nas datas dos recebimentos das parcelas.

Para escolher o melhor regime a ser adotado é necessário analisar e conversar com o seu contador para ser assertivo.

Na prática, a legislação brasileira exige que as empresas adotem o regime de competência (afinal, o fisco quer receber a sua parte o quanto antes). Mas existe a possibilidade de adotar os regimes de forma conjunta, isso ajuda os gestores do negócio a ter mais informações para tomar suas decisões.

O mais importante em toda essa burocracia é compreender que a empresa também precisa fazer sua parte. Se você paga o contador mensalmente, não há como enviar o fechamento uma vez ao ano e exigir que tudo esteja em dia quando o banco te pede o balanço para renovar um limite ou liberar um crédito.

É preciso enviar extratos bancários, despesas, contratos, NF’s de serviços contratados, para que isso conste na contabilidade da sua empresa.

Bora fazer um exercício?

Veja se você vem enviando os documentos corretamente. Agora, peça ao seu contador o seu último balanço e balancete. Aí pergunte qual o método de contabilização utilizado. Assim, você evita surpresas e atropelos desnecessários quando realmente precisar deste documento para um negócio importante.

Quer ficar sabendo dessas e de outras conversas de contador? Vem, que no caminho eu te explico!

Comente aqui sobre algum assunto contábil que você gostaria de saber mais. Até o próximo artigo!

Compartilhar:

1 comentário

  1. Carol, amei. parabéns

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *