Com datas importantes como Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal, varejistas devem se preparar desde já para garantir bons resultados e evitar prejuízos

O segundo semestre já começou e, com ele, chegam as principais datas do calendário varejista brasileiro, como Dia dos Pais, em agosto, Dia das Crianças, em outubro, Black Friday, em novembro, e o esperado Natal, em dezembro. Para muitos lojistas, esse período representa o maior faturamento do ano e pode ser determinante para fechar a temporada com saldo positivo. No entanto, para que as vendas sazonais se transformem em grandes oportunidades, não há espaço para improvisos. O consultor Anderson Ozawa alerta que o sucesso começa muito antes da vitrine decorada ou das promoções anunciadas, passando pelo planejamento estratégico, gestão de estoque eficiente e, principalmente, pela capacidade de antecipar o comportamento do consumidor.

Com um cenário econômico mais favorável e consumidores mais confiantes, Ozawa aponta que este semestre apresenta uma janela de oportunidades para o crescimento. Para ele, é fundamental que o varejista se antecipe às datas e trabalhe com prazos mínimos de 60 dias para planejar o abastecimento e organizar as operações. “Se você espera o mês anterior da Black Friday ou do Natal para correr atrás de abastecimento, já perdeu tempo. O consumidor está mais exigente, mais digital e menos paciente. Se não encontrar o que procura na sua loja, vai para o concorrente — e com um clique”, afirma.

A análise do histórico de vendas anteriores é uma etapa essencial para identificar os produtos mais vendidos, as categorias com maior giro e possíveis falhas, como rupturas de estoque ou excesso de itens parados. Além disso, o planejamento antecipado permite negociar com fornecedores de forma mais estratégica, garantindo melhores condições comerciais, prazos de entrega e segurança no abastecimento. “Não compre apenas preço, compre entrega, suporte e estabilidade. Um fornecedor que atrasa pode comprometer toda a performance da loja em datas críticas”, orienta Ozawa.

Outro ponto de atenção é a definição de um mix de produtos adequado. Apostar em excesso de novidades ou itens de baixa saída pode gerar prejuízos com estoque parado. A recomendação é focar no equilíbrio entre margem, giro e desejo do consumidor, além de monitorar constantemente os movimentos da concorrência e as tendências do mercado. O uso da tecnologia também se tornou indispensável, seja para identificar quando um item precisa ser reposto, seja para evitar que produtos fiquem encalhados. “Estoque parado é prejuízo em dobro: não gera receita e ocupa espaço de produtos que realmente vendem”, alerta o especialista.

Para que toda a estratégia funcione, é essencial contar com uma equipe bem treinada e preparada para executar as ações com excelência. Desde a reposição rápida até o atendimento eficiente, cada detalhe impacta na experiência do cliente e na performance final das vendas. “Planejamento sem execução não vale nada. O varejista moderno precisa unir inteligência comercial, controle operacional e foco na experiência do consumidor para ter resultados reais”, conclui.

Com o calendário apertado e as datas sazonais cada vez mais competitivas, a recomendação é clara: planeje cedo, utilize dados históricos, invista em tecnologia e treine sua equipe para entregar uma experiência de compra que atenda às novas expectativas do consumidor. Assim, o segundo semestre pode ser não apenas o período de maior faturamento, mas também de consolidação da marca no mercado.

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