Pelo segundo mês, o estado de São Paulo se manteve na liderança das exportações de produtos agropecuários, com participação de 18,4% do total nacional
O estado de São Paulo reafirma sua posição como líder nas exportações agrícolas brasileiras, com o setor registrando uma expressiva alta de 11,2% no acumulado de janeiro a outubro de 2024, que totalizou US$25,77 bilhões. Esse desempenho gerou um superávit de US$21,03 bilhões na balança comercial do agronegócio paulista, um crescimento de 11,2% em comparação ao mesmo período do ano passado, enquanto as importações do setor somaram US$4,74 bilhões.
Segundo o levantamento do coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Carlos Nabil Ghobril, e dos pesquisadores José Alberto Ângelo e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), o agronegócio foi responsável por 43,6% das exportações totais de São Paulo entre janeiro e outubro de 2024. “Esse resultado reforça o papel essencial do agronegócio na balança comercial paulista, que contribui para reduzir o déficit global do comércio exterior do estado”, destaca Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Liderança nacional nas exportações agropecuárias
Pelo segundo mês consecutivo, São Paulo manteve a liderança nacional nas exportações de produtos agropecuários, com 18,4% de participação no total brasileiro, superando Mato Grosso, que tradicionalmente ocupava o topo e registrou 16,9% de participação. O estado de São Paulo se destacou em grupos estratégicos de exportação, como sucos (com 83,7% do total nacional), o complexo sucroalcooleiro (63,1%) e produtos alimentícios diversos (73,9%). “Esses segmentos são de alta relevância para o agronegócio brasileiro e asseguram a competitividade de São Paulo no mercado internacional”, analisa Piai.
Balança comercial do agronegócio brasileiro
No cenário nacional, as exportações do agronegócio brasileiro também registraram crescimento, embora modesto, de 0,3% no mesmo período, atingindo o valor de US$140,02 bilhões, o que representa 49,3% das exportações totais do país. No entanto, as importações do setor aumentaram 17,2%, totalizando US$16,24 bilhões e representando 7,3% das importações nacionais.
Com um superávit de US$123,78 bilhões entre janeiro e outubro de 2024, o agronegócio nacional foi essencial para o comércio exterior do Brasil, especialmente quando comparado ao déficit dos setores não relacionados ao agronegócio, que registraram um saldo negativo de US$60,76 bilhões. Em termos globais, o superávit do agronegócio contribuiu decisivamente para o saldo positivo de US$63,02 bilhões na balança comercial brasileira.