Primeiramente, você sabe o que significam projetos complementares de uma obra?

Antigamente, o projeto arquitetônico era suficiente para construir, mas, com o passar do tempo, as exigências foram aumentando e os próprios clientes investidores quando compram ou constroem já exigem a realização dos projetos complementares.

Projeto elétrico, por exemplo, serve para posicionar as caixas de passagem, calcular a tubulação e a fiação necessárias, dimensionamento e o consumo elétrico dos eletrodomésticos e eletrônicos a serem utilizados etc.

Projeto hidro sanitário serve para dimensionar a tubulação de esgoto e água dentro e fora da casa, suas interligações com reservatório, esgoto, captação de água de chuva e seu reaproveitamento etc.

Projeto terraplanagem embora não seja exigido em alguns casos, ele é executado com base na topografia do lote e na sondagem de solo, pois a futura movimentação de terra poderá influenciar na execução e garantia da obra pois evita problemas com movimentação natural da obra.

Projeto estrutural também tem sido muito requisitado, mesmo em casas térreas, em razão do estudo de solo prévio (solo arenoso por exemplo) pois embora o peso da estrutura não seja tão grande, o cálculo ajuda a dimensionar o uso de blocos, estruturas metálicas influenciando na economia de material na obra.

Enfim, esses são os mais conhecidos projetos complementares que temos numa obra em especial residencial, que hoje são exigidos pelos clientes e construtores mais experientes que se preocupam com a qualidade e a solidez de uma obra.

E o que isso tem que ver com a economia na obra­­?

   Quando você faz o projeto, você prevê o que será usado de material e consegue prever um custo pois o projeto ajuda no cálculo dos materiais a serem utilizados e inclusive na escolha dos materiais. Exemplo: você pode estar pensando em construir com um bloco cimentício comum pensando que sua obra vai sair mais em conta. Aí você descobre que tem um bloco estrutural cerâmico que além de mais leve, ele economiza ferragem e argamassa pois ele já tem o dimensionamento correto e não precisa de colunas para apoiar a parede pois o bloco estrutural já tem a função para passagem da ferragem armada e um entrelaçamento necessário para dar segurança a sua obra.

No projeto elétrico a mesma coisa, se você dimensiona e prevê aonde ficaram as futuras tomadas e interruptores você consegue economizar fios e conduites, além de já posicionar os equipamentos de uma forma que você não precise usar vários tipos e tamanhos de fios para o mesmo ambiente, economizando também tempo e desperdício de material.

Por fim, existem clientes mais arrojados que, na hora de buscar um imóvel (em especial os de alto padrão), acabam exigindo dos proprietários vendedores que apresentem os projetos complementares para que eles saibam o que foi executado (ou se não foi executado) bem como podendo em caso de futura reforma ou ampliação modificar sem riscos ou com riscos calculados o que foi previsto originalmente, dando segurança a quem vende e a quem compra!

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