Eu sou alguém que acredita profundamente no poder das gerações quando trabalham juntas. Nos últimos tempos, escrevi artigos, fiz palestras e defendi a importância da Geração Z no mercado de trabalho. Mas hoje quero abrir espaço para algo ainda mais importante: um pedido de desculpas.

Ao longo da minha jornada escrevendo e falando sobre as novas gerações, percebo que, em alguns momentos, minhas palavras podem ter soado como se eu colocasse a Geração Z em um pedestal, quase como se ela fosse superior às gerações que vieram antes. Essa nunca foi, nem nunca será, a minha intenção. Eu acredito que não existe geração melhor ou pior. Existe contexto. Existe mentalidade. Existe troca. Se, de alguma forma, fiz você sentir que o seu tempo passou ou que a sua experiência não tem mais valor, quero, com sinceridade, te pedir desculpas.

Eu não quero fomentar um abismo entre as gerações, mas construir pontes sólidas. Acredito profundamente no que diz o professor Dado Schneider: “Mais do que idade, as gerações de agora serão diferenciadas pela mentalidade”. Vivemos um tempo em que há “velhos jovens” e “jovens velhos”. A idade cronológica não define mais quem você é, mas a sua abertura para aprender e se adaptar. E é justamente isso que eu quero trazer para a conversa. A nova dinâmica do mercado de trabalho é horizontal. Não há mais espaço para hierarquias inflexíveis, mas sim para colaboração genuína. E, nessa colaboração, todos têm um papel fundamental.

A Geração Z traz velocidade, criatividade e inovação. Mas ela também carrega inseguranças, falta de experiência e uma urgência que, muitas vezes, precisa ser conduzida com sabedoria. E é aqui que eu enxergo a grande oportunidade: precisamos da experiência, da visão estratégica e da maturidade emocional das gerações que já viveram, aprenderam e superaram ciclos que ainda estamos conhecendo. Nós precisamos de vocês. Não como um suporte invisível, mas como guias, mentores e parceiros.

Reconheço que as novas gerações não devem ser tratadas como a “salvação” ou a “solução definitiva”. Nós precisamos aprender, ser ensinados, lapidados. Não há como existir uma comunicação eficiente se só um lado está disposto a aprender a linguagem do outro. A ponte só se sustenta se for construída dos dois lados. Como diz Simon Sinek: “Os líderes são aqueles que escolhem olhar para o lado e perguntar: ‘como posso ajudar você a ter sucesso?” e acredito que todos nós, de todas as gerações, podemos ser esse líder, uns para os outros.

Por isso, reafirmo o meu compromisso pessoal e profissional: ser uma ponte. Um elo entre a inovação e a experiência, entre a velocidade e a consistência, entre a coragem de arriscar e a sabedoria de quem sabe o melhor momento para dar um passo. Estou aqui para unir, não para dividir.

E que fique claro: a experiência das gerações anteriores não é obsoleta. Ela é o alicerce sobre o qual estamos construindo o futuro.

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1 comentário

  1. Você é um profissional incrível, Gabriel. É uma honra e uma alegria diária para mim trabalhar ao seu lado e somar com você. Acredito em e defendo cada palavra que você colocou aqui – as quais só me fazem sentir ainda mais orgulho de quem você é o do seu modo de estar no mundo. Sigamos, que há muita coisa boa a ser feita!

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