Empreendedora e professora de amigurumi, Ju Sanches, destaca que é possível começar do zero e lucrar no setor, mesmo com baixo investimento

O artesanato brasileiro movimenta cerca de R$ 100 bilhões por ano, o equivalente a 3% do PIB nacional, segundo dados do IBGE. A atividade está presente em 67% dos municípios do país e garante renda a aproximadamente 8,5 milhões de pessoas, em sua maioria mulheres. O SEBRAE reforça essa tendência ao apontar que 77% dos artesãos brasileiros são do público feminino, evidenciando o protagonismo das mulheres no setor.

Para muitos, o artesanato é mais do que tradição: é também oportunidade de empreendedorismo. Ju Sanches, professora de amigurumi e empreendedora que já formou mais de 10 mil alunas, afirma que começar é possível mesmo sem grandes investimentos. “A técnica japonesa de fazer bonecos de crochê tem custo de produção baixo, em torno de R$ 15 a R$ 20, e pode gerar vendas de até R$ 200 por peça. O diferencial é a versatilidade: é possível criar desde peças delicadas para crianças até personagens sofisticados para adultos”, explica.

O interesse pelo setor também acompanha tendências de consumo. Relatório do Pinterest Trends 2024 revelou um crescimento expressivo na busca por produtos manuais. A procura por “bolsa de crochê japonês” cresceu 380% em relação a 2023, enquanto “bolsa de laço de crochê” avançou 975%. Já bolsas feitas à mão com miçangas tiveram alta de mais de 300%, e as buscas por “faça você mesmo” subiram cerca de 50%.

Para Ju Sanches, o artesanato oferece não apenas uma alternativa de renda, mas também qualidade de vida e valorização pessoal. “Empreender nesse setor traz autonomia, flexibilidade, conexão direta com o cliente e a possibilidade de expressar a própria essência. Cada peça é única e carrega a dedicação e assinatura da artesã que a produziu”, conclui.

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