Composição da nova carteira do principal índice da Bolsa traz mudanças pontuais e orienta ajustes de investidores e gestores de fundos

A B3 (Bolsa de Valores do Brasil) divulgou nesta quinta-feira (28) a terceira e última prévia da nova carteira teórica do Ibovespa, principal índice de referência do mercado de capitais brasileiro. A carteira, que passa a vigorar de 1º de setembro de 2025 a 2 de janeiro de 2026, será composta por 84 ativos de 81 companhias listadas. A prévia confirma a entrada das empresas Cury (CURY3) e CEA Modas (CEAB3), enquanto São Martinho (SMTO3) e PETZ (PETZ3) deixam o índice.

Segundo dados da B3, o Ibovespa é formado por ações com maior volume financeiro negociado e representa aproximadamente 80% dos negócios do mercado à vista. A metodologia de seleção considera critérios como presença em pregão, volume financeiro e representatividade no mercado.

Entre os papéis com maior peso na composição do índice, destacam-se:

  • Vale ON (11,240%)
  • Itaú Unibanco PN (8,239%)
  • Petrobras PN (6,431%)
  • Petrobras ON (4,158%)
  • Bradesco PN (3,990%)

Esses ativos continuam sendo os principais direcionadores do desempenho do índice, refletindo o peso dos setores de mineração, petróleo e financeiro no mercado brasileiro.

Entenda o processo de formação das carteiras

A composição do Ibovespa e dos demais índices da bolsa é revisada quadrimestralmente, em janeiro, maio e setembro. Para facilitar a adaptação de gestores de fundos, ETFs e demais investidores, a B3 divulga previamente três versões da carteira antes da definitiva:

  • 1ª prévia: divulgada no primeiro pregão do último mês de vigência da carteira (1º/08/2025);
  • 2ª prévia: apresentada após o dia 15 do mês (18/08/2025);
  • 3ª prévia: divulgada no penúltimo pregão do período (28/08/2025);
  • Carteira definitiva: entra em vigor em 1º de setembro.

Esse processo dá mais previsibilidade ao mercado, permitindo ajustes graduais nas posições e estratégias de investimento.

O papel do Ibovespa no mercado

Criado em 1968, o Ibovespa é considerado o principal termômetro do mercado acionário brasileiro. Além de servir como referência para investidores individuais, é usado como benchmark para fundos de ações, ETFs e derivativos, como contratos futuros e opções sobre o índice.

O critério fundamental para entrada de um ativo é a liquidez, que mede a facilidade de compra e venda no pregão. Por isso, empresas com maior negociação têm mais chances de entrar na carteira.

Expansão e diversificação de índices

Além do Ibovespa, a B3 mantém 36 índices diferentes, classificados por amplitude, setor ou práticas de governança e sustentabilidade (ESG). Entre eles estão:

  • IBrX 100 B3 e IBrX 50 B3, que acompanham respectivamente 100 e 50 ações mais negociadas;
  • IFIX B3, índice focado em fundos imobiliários;
  • IAGRO B3, voltado ao agronegócio;
  • ISE B3, que reúne companhias com melhores práticas ambientais, sociais e de governança;
  • IGPTW B3, com empresas reconhecidas como melhores lugares para trabalhar;
  • ICO2 B3, que inclui companhias que monitoram emissões de gases de efeito estufa.

Esses índices oferecem oportunidades para investidores diversificarem sua carteira, seguindo tendências de mercado ou setores específicos da economia.

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