Prezadas(os) leitoras(es),
Nesta semana, celebramos os 10 anos da Lei Anticorrupção, um marco importante para o desenvolvimento ético e sustentável das empresas em nosso país. A legislação trouxe consigo uma mudança significativa na forma como os negócios são conduzidos, impactando diretamente a imagem e a reputação empresarial. Neste artigo, abordaremos a relevância dessa lei e a importância do compliance na construção de uma gestão ética e transparente.
A Lei Anticorrupção e seus impactos:
A Lei 12.846/2013, conhecida como Lei Anticorrupção, trouxe à tona a responsabilização das empresas envolvidas em atos de corrupção contra a administração pública, estabelecendo punições e a necessidade de implementação de mecanismos internos de controle e prevenção. Seu principal objetivo é fomentar uma cultura empresarial mais íntegra, estimulando a adoção de boas práticas de governança e transparência.
Essa lei tem sido um agente transformador no cenário empresarial brasileiro, exigindo que empresas de todos os tamanhos implementem programas de integridade, a fim de evitar a corrupção em suas operações. Isso não apenas reduz os riscos legais e financeiros para as empresas, mas também contribui para a construção de uma imagem sólida, atrativa aos clientes, parceiros comerciais e investidores.
Compliance e Programa de Integridade: Diferenças e Importância:
O compliance é um conceito essencial nesse contexto. Ele representa o conjunto de ações e medidas adotadas pelas empresas para se adequarem às normas e regulamentações vigentes, além de princípios éticos e morais. O programa de integridade é uma das principais ferramentas do compliance e consiste em um conjunto organizado de ações e políticas, voltadas para a prevenção, detecção e correção de desvios éticos e condutas inadequadas.
A principal diferença entre ambos está na abrangência e no foco. O compliance engloba um conjunto mais amplo de práticas que asseguram o cumprimento de leis e regulamentações, enquanto o programa de integridade tem como objetivo específico prevenir e combater práticas corruptas e antiéticas, promovendo uma cultura empresarial íntegra.
O Caminho para Implementar um Programa de Integridade:
Para pequenos e médios empreendedores, a implementação de um programa de integridade pode parecer desafiadora, mas é fundamental e possível. Aqui estão algumas dicas básicas para iniciar esse processo:
- Comprometimento da Alta Direção: O apoio da alta administração é essencial para que a cultura ética permeie toda a empresa. Líderes comprometidos em agir de acordo com os princípios de integridade inspiram toda a equipe.
- Identificação de Riscos: Realize uma análise de riscos internos e externos para entender quais áreas estão mais suscetíveis a comportamentos inadequados. Isso ajudará a direcionar os esforços do programa.
- Código de Conduta: Elabore um código de conduta claro e abrangente, que estabeleça os princípios éticos e as diretrizes de comportamento esperadas de todos os colaboradores.
- Canal de Denúncias: Implemente um canal de denúncias seguro e confidencial para que funcionários e terceiros possam relatar suspeitas de irregularidades sem medo de retaliação.
- Treinamentos e Capacitação: Promova treinamentos regulares para capacitar os colaboradores sobre a importância da ética e da integridade no ambiente de trabalho.
- Monitoramento e Melhoria Contínua: Monitore a eficácia do programa e faça ajustes sempre que necessário. O processo de melhoria contínua é crucial para manter o programa atualizado e eficiente.
A Lei Anticorrupção é um marco significativo no desenvolvimento das empresas brasileiras. Através dela, aliada a um eficiente programa de integridade, as empresas podem garantir uma gestão mais ética, sustentável e transparente. A cultura de compliance fortalece a imagem e reputação empresarial, atraindo parceiros de negócios, investidores e clientes conscientes da importância da integridade na construção de um futuro próspero e confiável para todos.
A construção de uma empresa ética é um processo contínuo, mas com determinação e comprometimento, cada negócio pode se tornar um exemplo de integridade e responsabilidade social.
Profissional de Relações Públicas pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação organizacional pela ECA-USP, é também jornalista, empresária, palestrante e consultora de empresas com mais de 20 anos de experiência em comunicação interna e relacionamento com a imprensa. Professora universitária por 16 anos nos cursos de Comunicação, Marketing, Administração e Recursos Humanos nas instituições UniFaat, Fecap, Uniso e PUCCampinas.
Empresas éticas são fundamentais
na democracia porque a livre negociação e o trabalho em si devem seguir conceitos éticos para que as pessoas sejam positivamente contaminadas com esse “vírus” e assim teremos um país melhor e um mundo melhor para nossos netos.
Concordo plemanente, dr. E obrigada por seguir prestigiando essa coluna. Suas opiniões sempre sempre muito bem vindas!