Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank, analisa o fechamento semanal do mercado financeiro, dólar e o desempenho do Ibovespa

Brasil

O Ibovespa subiu na segunda (22), acompanhando a recuperação das bolsas dos Estados Unidos. Além disso, a alta da Petrobras (PETR3;PETR4) ajudou a impulsionar o IBOV para cima. 

Na terça-feira o Ibovespa deu um susto: começou o dia com forte queda e foi melhorando no começo da tarde, para passar a oscilar e fechar com queda de 0,34%, aos 125.148 mil pontos, interrompendo uma sequência de três vitórias seguidas. O dólar comercial entrou na terceira queda seguida, com 0,74%, a R$5,13. Os DIs (juros futuros) fecharam o dia com quedas por toda a curva.

O Ibovespa (IBOV) operou em baixa na quarta-feira (24) e fechou em queda de 0,33%, a 124.740 pontos, em continuidade às quedas dos últimos dias.

O Ibovespa (IBOV) operou em queda no pregão desta quinta-feira (25). Na véspera, o índice recuou, refletindo a alta da curva de juros futura e o desempenho negativo de Wall Street. 

O Ibovespa chegu à terceira derrota seguida, com baixa de 0,08%, aos 124.645 pontos, uma perda de apenas 95 pontos, em meio a um dia atribulado, que contou com balanço da Vale (VALE3), reforma tributária, decisão sobre dividendos de Petrobras (PETR4) e PIB dos EUA. Tudo que mexeu no principal índice brasileiro e, claro, o dólar comercial, que acabou com alta de 0,28%, a R$5,16.

Hoje (26) Após abrir aos 124.650,92 pontos, o Ibovespa segue renovando máxima na faixa dos 126 mil pontos.

Assim, o principal indicador já sobe cerca de 1,00% na semana, evitando, por ora, registrar um quarto recuo semanal.

Ibovespa sobe 1,45% e caminha para fechar a semana com 1,07% positivos, encerrando uma sequência de três semanas no vermelho. 

Câmbio

O índice principal do mercado de ações brasileiro, o Ibovespa, apresentou um desempenho positivo nesta sexta-feira (26), impulsionado por dados favoráveis do IPCA-15 e pela recuperação das ações da Petrobras. Ao mesmo tempo, o dólar registra uma queda.

Os números preliminares da inflação no Brasil apontam um aumento de 0,21% nos preços em abril, com uma variação de 3,77% nos últimos 12 meses. Esses resultados ficaram abaixo das expectativas do mercado financeiro, que projetava uma alta de 0,29% para abril e 3,85% nos últimos 12 meses.

Nos Estados Unidos, o índice PCE de preços, amplamente monitorado pelo Federal Reserve (Fed), ficou em linha com as expectativas, o que trouxe otimismo aos investidores. Na esfera corporativa, o Conselho de Administração da Petrobras deliberou ontem sobre a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da empresa estatal. Essa medida resultará em cerca de R$6 bilhões destinados à União, que detém a maioria das ações da companhia. Além disso, o governo concordou com a distribuição dos dividendos remanescentes gerados em 2023, impulsionando um aumento superior a 1% nas ações de hoje.

Quanto ao dólar, às 15h21, observa-se uma queda de 0,96%, com a moeda sendo negociada a R$5,1102. A cotação mínima do dia foi de R$5,1077. Na semana, a queda é de 1,57%, porém com alta de 3,66% no mês e um ganho de 6,31% no acumulado do ano.

Análise dólar em Abril 

O dólar acumula alta de 6,31% no ano e 3,66% no mês de abril. A moeda norte-americana passou de R$5,01 no fechamento de 29 de março para R$5,23 por volta das 12h51 de quarta-feira (17). A disparada do dólar nos últimos dias acontece após dados da economia americana não mostrarem uma desaceleração da conjuntura econômica, o que indica uma postergação no corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Tais dados divulgados, vieram acima do esperado, o que fez o mercado começar a refazer as contas de quando o Fed deve começar a reduzir a taxa de juros nos EUA. Com a economia ainda acelerada por lá, as chances de cortes em junho ou julho diminuem. A balança comercial está favorável, com superávit de minério e soja. Então, o que mais pesa sobre o dólar é a questão do juro americano. Os dados brasileiros, com exceção do quadro fiscal, são bons e servem para segurar a alta da moeda dos EUA ante o real.

*Luiz Felipe Bazzo é CEO do transferbank, uma das 15 maiores soluções de câmbio do Brasil. O executivo também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício. O executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.

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