Com taxa básica de juros em 14,75%, mercado imobiliário se adapta e aposta em nichos como leilões para atrair investidores em busca de rentabilidade e segurança
A nova alta da taxa Selic, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), elevou os juros básicos da economia brasileira para 14,75%, o maior patamar desde 2006. Este é o sexto aumento consecutivo, e as projeções indicam que o índice pode ultrapassar os 15% até o fim do ano. O cenário impacta diversos setores, entre eles o mercado imobiliário, que agora busca caminhos alternativos para manter sua atratividade diante dos financiamentos mais caros.
Historicamente, o aumento da Selic reduz o apetite por investimentos de maior risco, como ações, e direciona o capital para a renda fixa, que passa a oferecer retornos mais altos com menor exposição. No setor imobiliário, os efeitos são percebidos na queda do volume de financiamentos, o que reduz o número de transações tradicionais.
De olho nesse movimento, empresas especializadas têm apostado em segmentos alternativos, como o mercado de leilões de imóveis. A Zipin, hub de investimentos imobiliários, destaca que esse cenário cria oportunidades para quem busca imóveis com maior potencial de rentabilidade e menor custo de entrada.
“Esse cenário pode trazer oportunidades valiosas para o mercado de leilões de imóveis. Com financiamentos mais caros, cresce a inadimplência e, consequentemente, aumenta a quantidade de imóveis disponíveis para leilão. O crescimento do setor mostra que existe uma demanda reprimida por investimentos mais acessíveis e rentáveis. Nosso foco é abrir esse caminho com suporte e clareza, conectando mais pessoas a oportunidades concretas”, afirma Gustavo Amaral, CEO da Zipin.
Com mais imóveis indo a leilão, investidores atentos podem encontrar alternativas vantajosas mesmo diante de um ambiente de juros elevados. O momento, segundo analistas, exige cautela, mas também oferece espaço para estratégias inteligentes e diversificadas.