Setor aéreo registra recordes históricos de movimentação e se prepara para possíveis fusões empresariais que podem transformar a conectividade e competitividade no Brasil
O setor aéreo no Brasil está vivenciando um momento de grande destaque, com avanços que incluem recordes históricos na movimentação de passageiros e carga, além de movimentos estratégicos que podem transformar a conectividade e a competitividade do mercado.
Dados divulgados pelos Ministérios de Portos e Aeroportos (MPor), Turismo, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Embratur mostram que, de janeiro a dezembro de 2024, mais de 118 milhões de pessoas utilizaram o modal aéreo, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. O setor internacional também bateu recordes, transportando quase 25 milhões de passageiros e registrando uma alta de 17,2% em relação a 2023.
“Os números refletem o comprometimento do governo com os passageiros do transporte aéreo e todos os agentes do modal. Estamos fortalecendo a aviação e democratizando o acesso ao transporte aéreo no Brasil,” afirmou Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos.
O setor de cargas também acompanhou esse crescimento. O volume transportado para o exterior superou 891 mil toneladas, marcando um aumento de 10% em relação ao ano anterior.
Movimentos estratégicos e possíveis fusões
Enquanto os números refletem o crescimento do setor, o mercado também observa movimentações estratégicas que prometem redefinir sua estrutura. O Grupo Abra, controlador da Gol Linhas Aéreas e da Avianca, anunciou um Memorando de Entendimento (MoU) não vinculante com a Azul Linhas Aéreas, com a intenção de explorar uma combinação de negócios no Brasil.
A proposta busca melhorar a conectividade em todo o país, ampliando voos nacionais, regionais e internacionais, além de aumentar a competitividade e fortalecer as conexões do Brasil com o restante do mundo. “Estamos entusiasmados com a oportunidade de criar um player de aviação global mais competitivo e resiliente, intensificando nossa presença no Brasil,” afirmou Manuel Irarrázaval, CFO do Grupo Abra.
Caso a fusão se concretize, as empresas manterão marcas independentes, mas atuarão de forma integrada, cobrindo mais de 200 destinos e potencializando a eficiência operacional. Entretanto, o fechamento da transação depende de aprovações regulatórias e corporativas, além da reestruturação da Gol no Capítulo 11.
Perspectivas para o futuro
Com os resultados positivos e as potenciais fusões, o setor aéreo se prepara para uma nova fase de expansão. “A ampliação dos terminais, aliada ao volume de investimentos públicos e privados, permitirá que mais passageiros utilizem o transporte aéreo, fortalecendo ainda mais o setor,” destacou Tomé Franca, secretário Nacional de Aviação Civil.
Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, os avanços da aviação são essenciais para impulsionar o turismo e conectar o Brasil ao mundo. “Cada voo representa mais do que deslocamento; é uma conexão com a diversidade de nossos destinos e a hospitalidade do nosso povo,” afirmou.
Com a consolidação dos números de 2024 e os movimentos estratégicos previstos para 2025, o Brasil se posiciona como um importante player no mercado de aviação global, impulsionando o desenvolvimento econômico, o turismo e a democratização do transporte aéreo.