Com receita projetada de R$ 7,2 bilhões em 2024, o setor de colchões no Brasil reforça sua relevância global e prevê crescimento acima de 6,5% para 2025, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL)
O setor de colchões no Brasil continua em destaque, consolidando o país como o quinto maior produtor mundial e líder absoluto no consumo da América Latina. De acordo com dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL), o mercado nacional deve encerrar 2024 com receita líquida estimada de R$ 7,2 bilhões, o que representaria um aumento de 5,11% em relação ao ano anterior. A projeção foi feita com base nos números consolidados até novembro de 2024.
A produção de colchões também segue em ritmo de crescimento. A previsão é de que 21,91 milhões de unidades tenham sido fabricadas em 2024, uma alta de 3,52% em comparação às 21,17 milhões de unidades de 2023. As vendas devem alcançar 21,88 milhões de unidades, representando um aumento de 3,89%.
Para 2025, a ABICOL projeta um crescimento ainda mais expressivo, superior a 6,5%, com receita líquida estimada em R$ 7,67 bilhões, reforçando o potencial do setor no contexto econômico nacional e global.
Regulamentação e qualidade: diferenciais brasileiros
Um dos destaques do setor colchoeiro brasileiro é seu rigor regulatório. O Brasil é o único país no mundo que exige, de forma compulsória, que colchões sejam submetidos a testes em laboratórios credenciados antes de serem comercializados.
“Nosso compromisso é garantir que os produtos atendam aos padrões obrigatórios de qualidade e conformidade. Isso fortalece as marcas nacionais e contribui para o desenvolvimento sustentável do mercado” afirma Adriana Perini, diretora executiva da ABICOL.
Para consumidores, Adriana alerta sobre a importância de verificar a procedência dos colchões e buscar o Selo de Identificação de Conformidade do Inmetro, que atesta a qualidade dos produtos.
“Além do selo, plataformas como o Observatório do Colchão ampliam a transparência e a confiança no setor” complementa.
Perfil do mercado de colchões no Brasil
Conforme o levantamento da ABICOL, o Brasil contava com 339 fábricas de colchões até o final de 2024, um aumento em relação às 297 unidades de 2022. A maior parte delas está concentrada no Sudeste (35,9%), seguido pelo Sul (24,55%), Nordeste (19,16%), Centro-Oeste (13,17%) e Norte (7,19%). O setor emprega cerca de 39 mil pessoas diretamente.
Quanto à produção, colchões de espuma e mistos representam cerca de 50% do total produzido no país, enquanto os modelos de mola detêm 35%. Outros tipos de colchões somam 15% da produção.
Desafios e perspectivas para o setor
Apesar dos números positivos, o setor enfrenta desafios, como a alta nos custos de insumos e logística, além da deflação nos preços no varejo, apontada pelo IPCA de novembro de 2024.
“Estamos em um momento desafiador, mas acreditamos que a inovação e uma regulamentação justa são essenciais para superar esses obstáculos. Nosso foco é fortalecer o ecossistema colchoeiro por meio de estudos, desempenho e suporte ao mercado” afirma Adriana.
Com desafios e oportunidades à frente, o Brasil segue como referência global no setor colchoeiro, unindo tradição, qualidade e inovação.