Empresas no Brasil aderem em massa ao Pacto Global da ONU, que registrou um crescimento de 99% no último ano, reforçando a importância de ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e à agenda ESG
O compromisso das empresas brasileiras com os princípios de ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança) tem se consolidado no cenário corporativo, impulsionado especialmente pelo Pacto Global da ONU. O relatório preliminar “Ambição 2030”, da Rede Brasil, destaca que o número de organizações comprometidas com o Pacto Global cresceu 99% de 2022 a 2023, totalizando 519 novas adesões aos movimentos voltados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O Pacto Global da ONU é uma iniciativa que convoca empresas em todo o mundo a alinharem suas práticas a 17 objetivos universais, os ODS, para promover desenvolvimento sustentável e práticas responsáveis. Entre os objetivos, incluem-se áreas prioritárias como erradicação da pobreza, ação climática, e igualdade de gênero. Empresas signatárias do pacto se comprometem a implementar ações concretas em consonância com esses movimentos.
Para Hélio Silva, fundador e CEO da Colchões Castor, a adesão ao Pacto Global representa um marco no posicionamento da empresa. “Ao aderir ao Pacto Global da ONU, a empresa reforça o papel de responsável por inovação e alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Na Castor, por exemplo, priorizamos o ODS 12, de Consumo e Produção Responsáveis, e o ODS 13, de Ação Contra a Mudança Global do Clima,” destaca.
Compromissos de Ação Sustentável
A implementação de ações alinhadas ao Pacto Global inclui estratégias específicas e metas bem definidas. O movimento “+ Água”, um dos destaques da Rede Brasil, registrou um aumento de 119% em adesões, sendo que 33% das empresas comprometidas já atingiram o objetivo de fornecer acesso a água potável para 99% de suas áreas de atuação.
Na Colchões Castor, várias práticas sustentáveis exemplificam o compromisso com a economia circular e o meio ambiente. Entre elas estão o uso de madeira de reflorestamento, processos de economia circular, parcerias com a APAE, e certificações para ambientes de trabalho positivos. “O Programa Recupera, por exemplo, incentiva o retorno das embalagens para reciclagem e reutilização, reforçando nosso compromisso com a economia circular”, explica Silva.
Outras iniciativas da empresa incluem o desenvolvimento de espumas de alta durabilidade e resistência chamadas AG, compostas de materiais reciclados. “Isso contribui para a economia circular e reduz a quantidade de resíduos, ao mesmo tempo que aumenta a durabilidade dos nossos produtos,” finaliza o CEO.
ESG e o Impacto Corporativo
A sigla ESG tornou-se cada vez mais central nas agendas corporativas, impulsionada pela necessidade de adaptar operações a uma nova realidade marcada pelas mudanças climáticas e pela demanda por sustentabilidade. Em 2019, uma pesquisa do Pacto Global da ONU, realizada em parceria com a consultoria Stilingue, apontou um aumento de 2.600% nas buscas por “ESG” nas redes sociais nos últimos quatro anos.
Com iniciativas como o Pacto Global e o crescente engajamento das empresas brasileiras, o cenário corporativo do país está, cada vez mais, alinhado aos princípios de sustentabilidade, responsabilidade social e boa governança, fortalecendo a imagem do Brasil como líder em ações ESG na América Latina.