O setor de construção civil cresceu 3,5% no segundo trimestre de 2024, impulsionado por obras do Programa Minha Casa, Minha Vida e melhorias de infraestrutura que animam o mercado para 2025
A construção civil brasileira vive um momento de otimismo, com crescimento de 3,5% no segundo trimestre de 2024, conforme dados divulgados pelo IBGE em setembro. Após um início de ano mais estável, o setor ganhou tração impulsionado por fatores como as novas condições do Programa Minha Casa, Minha Vida, que estimularam melhorias de infraestrutura em diversas cidades do país e fomentaram novos empreendimentos imobiliários.
A retomada na construção de moradias não apenas aqueceu o mercado imobiliário, mas também impactou positivamente o Índice de Confiança do Empresário da Construção, ao favorecer a criação de novos negócios, a ampliação de empresas e investimentos em pavimentação de bairros.
Perspectivas para 2025
De acordo com Bernardo Oliveira, Gerente de Unidade de Negócios da De Amorim Construtora, o setor de construção pesada deve continuar otimista em 2025, especialmente na execução de obras de infraestrutura e empreendimentos em áreas que exigem reconstrução, como o Rio Grande do Sul, após as tragédias naturais ocorridas este ano.
“Áreas que ainda estão sendo reconstruídas, como no Rio Grande do Sul, são um bom exemplo. A execução de obras importantes manterá o setor em crescimento e deve contribuir significativamente para a economia brasileira nos próximos meses,” afirma Oliveira.
PIB da construção e desafios do mercado de trabalho
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisou suas projeções para o crescimento do PIB do setor, ajustando de 2,3% para 3,0%, refletindo o impacto positivo de obras realizadas por administrações públicas e particulares.
Contudo, enquanto o setor apresenta indicadores promissores, o número de novas vagas de trabalho para obras de infraestrutura caiu 21,28% no último trimestre. Segundo Oliveira, essa queda é temporária e reflete o encerramento de obras e o período de transição eleitoral:
“Muito pelo encerramento de algumas obras e o impacto do período eleitoral que vivenciamos recentemente, mas a perspectiva é que as novas administrações municipais eleitas retomem a corrida pela pavimentação em suas cidades e, com isso, movimente ainda mais o setor,” conclui Oliveira.