Mais de 874 mil microempresas foram registradas em 2024, representando um aumento de 21% e superando até mesmo a formalização de MEIs
O empreendedorismo no Brasil continua em alta e se consolidando como um dos principais motores da economia. Em 2024, o segmento de microempresas foi o que mais cresceu entre os pequenos negócios, impulsionado por avanços tecnológicos, mudanças no mercado de trabalho e um maior acesso à informação sobre empreendedorismo.
Segundo um levantamento, mais de 874 mil microempresas foram registradas no ano passado, o que representa um crescimento de 21%. Esse índice supera até mesmo o aumento de Microempreendedores Individuais (MEIs), que tradicionalmente lideram os números de novas formalizações.
Para o mentor de empresários André Minucci, esse cenário reflete um movimento de realização pessoal e adaptação às novas oportunidades do mercado. “Muitos profissionais, antes empregados em grandes empresas, viram no empreendedorismo uma alternativa para driblar crises e conquistar maior qualidade de vida”, afirma.
O papel das microempresas na economia
Além de contribuírem para a geração de emprego e renda, microempresas possuem a flexibilidade necessária para se adaptar às demandas do mercado. O crescimento registrado em 2024 ocorreu, principalmente, em setores como tecnologia, comércio eletrônico e serviços especializados.
O novo perfil do consumidor e a digitalização acelerada foram fatores determinantes para esse avanço. “Os empreendedores que conseguiram atender a essa nova demanda se destacaram, consolidando suas marcas e fidelizando clientes”, analisa Minucci.
Desafios e oportunidades
Apesar do crescimento expressivo, empreender no Brasil ainda é um desafio. Altos custos tributários, burocracia e dificuldades de acesso a crédito são algumas das barreiras enfrentadas pelos pequenos empresários. No entanto, a resiliência e a criatividade do empreendedor brasileiro se mostram fundamentais para driblar essas dificuldades.
“O grande segredo é investir em planejamento, capacitação e networking. Muitos empreendedores começam sem conhecer os fundamentos da gestão e acabam enfrentando dificuldades”, aconselha Minucci.
Perspectivas para o futuro
As microempresas representam 70% da geração de empregos no Brasil, segundo o Sebrae, e desempenham um papel essencial no desenvolvimento regional e na redução da desigualdade social. O avanço desse segmento ressalta a necessidade de ampliar investimentos em capacitação e infraestrutura, garantindo suporte para fortalecer o empreendedorismo e consolidar a inovação como motor do crescimento econômico.