Setor projeta alta de 14,74% nas vendas em relação a 2024, com crescimento no ticket médio e no número de pedidos; segmentos de eletrônicos, moda e beleza devem liderar as compras
O comércio eletrônico brasileiro deve registrar um dos maiores volumes de vendas de sua história durante a Black Friday 2025. Segundo projeção divulgada pela Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce (ABIACOM), o faturamento total deve alcançar R$ 13,34 bilhões — um crescimento de 14,74% em relação ao mesmo período de 2024, quando as vendas somaram R$ 11,63 bilhões.
O levantamento aponta ainda que o número de pedidos deve subir de 15,75 milhões para cerca de 16,5 milhões neste ano. O ticket médio também deve avançar, passando de R$ 738 em 2024 para R$ 808,50 em 2025. Já o incremento total nas vendas é estimado em R$ 9,08 bilhões, superando os R$ 7,93 bilhões registrados no ano anterior.
Para Fernando Mansano, presidente da ABIACOM, o comportamento do consumidor mostra um amadurecimento na forma de aproveitar a data. “O consumidor está cada vez mais atento às promoções e utiliza a Black Friday como oportunidade para antecipar as compras de Natal, garantindo economia e conveniência. Para os lojistas, o período é estratégico para aumentar o faturamento e fortalecer o relacionamento com os clientes”, explica.
Entre os segmentos com maior expectativa de procura estão eletrônicos, moda, beleza, brinquedos e eletrodomésticos — categorias que tradicionalmente concentram o maior volume de vendas na data. A ABIACOM recomenda que as empresas invistam em campanhas antecipadas e promoções segmentadas, além de aprimorar a experiência de compra no mobile e no pós-venda, pontos considerados decisivos para fidelização.
De acordo com Mansano, a Black Friday já ultrapassou o conceito de um único dia de descontos. “Ela se tornou um marco para o varejo digital e influencia o desempenho de todo o fim de ano. As empresas que se planejarem com antecedência terão a oportunidade de ampliar vendas, conquistar novos consumidores e consolidar sua presença no e-commerce”, conclui.

