Por Rafael Cintra Brandão
Define-se linguagem como um código através do qual um emissor comunica a um receptor determinadas mensagens. A principal função da linguagem é, neste caso, a transmissão de informações.
Encaramos a linguagem como atividade, como forma de ação, ação interindividual finalisticamente orientada, sendo um lugar de interação que possibilita aos membros de uma sociedade a prática dos mais diversos tipos de atos, que vão exigir dos interlocutores reações e comportamentos, levando-os ao estabelecimento de vínculos e compromissos anteriormente inexistentes.
Diante disso, as condições de produção (tempo, lugar, papéis representados pelos interlocutores, imagens recíprocas, relações sociais, objetivos visados na interlocução) constituem o sentido da mensagem que se pretende transmitir, determinando a que título aquilo que se diz é dito.
Por meio da linguagem realizam-se, no interior de situações sociais, ações linguísticas que modificam tais situações, através da produção de enunciados dotados de sentido e organizados de acordo com a gramática de uma língua (ou variedade de língua).
Em um mundo cada vez mais complexo e conectado, com interações dos mais diversos modos, a comunicação se tornou um diferencial competitivo crucial nas empresas. A capacidade de se expressar de forma clara, objetiva e assertiva é fundamental para estabelecer relacionamentos sólidos, construir confiança e alcançar resultados positivos.
A comunicação simples e assertiva transmite a mensagem de forma clara e direta, sem rodeios ou ambiguidades. É a habilidade de expressar ideias, necessidades e opiniões de maneira respeitosa e eficaz, sem agredir ou subestimar o outro.
No ambiente empresarial, a habilidade de comunicação eficaz transcende a mera troca de informações, configurando-se como um pilar para a prevenção de litígios. A comunicação clara e precisa evita ambiguidades e mal-entendidos, que frequentemente servem de base para disputas cíveis e trabalhistas. A falta de clareza em contratos, por exemplo, pode gerar interpretações divergentes, culminando em ações judiciais para dirimir controvérsias.
De igual forma, a comunicação inadequada pode levar a conflitos no ambiente de trabalho, resultando em ações por assédio moral ou discriminação.
A comunicação eficiente, portanto, alinha os colaboradores aos objetivos da empresa, previne conflitos e fortalece o clima organizacional, reduzindo significativamente o risco de litígios.
Ao fortalecer os relacionamentos, a comunicação assertiva contribui para a construção de confiança e a geração de novas oportunidades de negócios. Afinal, a capacidade de se comunicar de forma clara e persuasiva é fundamental para convencer clientes e parceiros.
Para desenvolver essa habilidade, é preciso ser claro e objetivo, evitando rodeios e utilizando palavras simples. Ouvir ativamente o outro, expressar ideias com confiança e ser assertivo, mas respeitoso, também são fundamentais. A linguagem corporal, por sua vez, reforça a mensagem verbal, transmitindo confiança e credibilidade.
As empresas podem implementar a comunicação simples e assertiva oferecendo treinamentos para seus colaboradores, incentivando a comunicação aberta e utilizando ferramentas eficazes. Ao valorizar a comunicação escrita, como e-mails claros e concisos, as empresas demonstram o compromisso com uma comunicação eficiente.
Em resumo, a comunicação simples e assertiva é uma habilidade essencial para o sucesso profissional. Ao investir nessa competência, as empresas criam um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, fortalecem seus relacionamentos e alcançam resultados superiores.
A comunicação é um processo contínuo que exige prática e dedicação. Ao adotar uma comunicação simples e assertiva, sua empresa dará um passo importante rumo ao sucesso.

Rafael Cintra – Especialista em Direito Tributário e Aduaneiro pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e em Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito – EPD. Pós-graduando em Direito Imobiliário Aplicado pela Escola Paulista de Direito – EPD. Cursando Licenciatura em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa, na UNIVESP. Bacharel em Direito pela UNIFAAT – Centro Universitário.