Especialista aponta que a inteligência artificial e a profundidade das relações profissionais definirão o sucesso no mundo dos negócios
O cenário tecnológico e as dinâmicas das relações humanas estão em constante evolução, impactando diretamente a forma como o networking é realizado no mundo corporativo. Um estudo recente, intitulado “Conexão do Futuro – Tendências de Socialização em 2030”, da Sensorama Design, enfatiza a necessidade de empresas e líderes compreenderem as novas formas de criar conexões em um ambiente cada vez mais digital, colaborativo, imersivo e interativo. Apesar dessa tendência clara, dados do Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos (IDCE) revelam uma fragilidade no mercado brasileiro, onde profissionais frequentemente não utilizam o networking de maneira eficiente.
Diante desse panorama, Laís Macedo, Fundadora e Presidente do Future Is Now, um grupo de networking voltado para líderes da nova economia, destaca a importância de focar em três elementos cruciais para o futuro do networking: a aplicação da inteligência artificial, a priorização da qualidade dos contatos e o cultivo de conexões genuínas. “O que nos trouxe até aqui como sociedade e mercado não será suficiente para avançarmos. Precisamos adotar novas abordagens e promover lideranças inclusivas. A nova economia valoriza a colaboração, a agregação de valor, a influência positiva e a pluralidade. É esse conceito que promovemos no Future Is Now”, afirma Macedo.
A especialista ressalta que, em um mundo cada vez mais acelerado, a capacidade de estar verdadeiramente presente em cada interação se torna um diferencial competitivo significativo. Para Laís Macedo, nos próximos anos, será fundamental estar onde realmente importa e dedicar total atenção ao momento e à conexão estabelecida. Ela também enfatiza o potencial da tecnologia para otimizar as interações profissionais. “A inteligência artificial pode ser utilizada de diversas maneiras, desde o mapeamento de contatos e a sugestão de conexões estratégicas até a criação de mensagens personalizadas. No entanto, a tecnologia ainda carece da capacidade de sentir, de gerar emoção e de construir laços reais. Em um cenário dominado por algoritmos, a autenticidade e a habilidade de gerar confiança serão os grandes diferenciais”, explica.
Laís Macedo aponta que, embora a tecnologia possa auxiliar em tarefas manuais e automáticas, ela não substitui o elemento humano essencial para a criação de conexões profundas. Portanto, a especialista defende a utilização dos benefícios da IA sem negligenciar a importância da conexão pessoal e verdadeira. “Presença vai além do físico; envolve o mental e o emocional. Significa ouvir atentamente, sem se preocupar com a resposta imediata, demonstrar interesse genuíno e interagir sem pressa. Afinal, o networking não se resume a quem você conhece, mas sim a quem se lembra de você quando realmente importa. E essa é uma capacidade que nenhuma IA pode replicar”, conclui.
Em sua análise final, Laís Macedo reflete sobre a importância da qualidade na comunicação. “Não é eficaz enviar inúmeros convites de conexão em plataformas profissionais sem sequer analisar o perfil de cada contato. A estratégia mais assertiva para os próximos anos será selecionar cuidadosamente aqueles que realmente se alinham com seus objetivos de negócio e investir na imersão dessas conexões”, completa a Presidente do Future Is Now, reforçando a ideia de que a profundidade e a autenticidade das relações serão os pilares do networking de sucesso no futuro.

