Da Redação. Por: Luana Gasparetto
Mulheres e pessoas pretas foram as mais afetadas pelo desemprego em 2022, apesar de ter fechado com a menor taxa de desemprego desde 2014
Segundo dados da última pesquisa realizada pelo IBGE, o fechamento da taxa de desemprego de 2022 foi positivo em comparação aos oito anos anteriores. A taxa foi de 7,9% – o menor patamar anual desde 2014, quando o país terminou o ano com 6,6% de desempregados. O instituto aponta que o resultado, além de confirmar a tendência de recuperação após o COVID-19, também ultrapassa o patamar pré-pandemia.
Os jovens foram os maiores beneficiados com a queda no índice de desemprego. Entre os que têm de 18 a 24 anos, esse índice foi de 16,4% no 4° trimestre de 2022 – uma redução de 8,2 pontos percentuais em relação ao início de 2019. Já entre os jovens entre 14 e 17 anos que buscam vagas, o índice caiu de 40,4% para 29%.
Pela pesquisa também é possível perceber que a população feminina foi a mais afetada com a falta de empregos em comparação à população masculina. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego para as mulheres foi de 9,8% no 4º trimestre de 2022 e para os homens o percentual foi de 6,5%.
Com relação à cor da pele, pretos e pardos tiveram as maiores taxas de desemprego do país. Somando 9,9% e 9,2%, respectivamente. Ambos estão acima da média nacional, de 7,9%. Enquanto isso, a desocupação da população branca foi de 6,2%.
A população ocupada do país, ou seja, que exerce algum tipo de trabalho, seja formal ou informal, contou com o maior percentual da série histórica, iniciada em 2012. Considerando apenas o 3° semestre de cada ano, a média se manteve estável, mas na comparação anual, o índice subiu 3,8%.
Já entre população empregada com carteira assinada, exceto trabalhadores domésticos, o percentual subiu 1,6% no 4° trimestre. De 2021 a 2022, o aumento foi de 6,9%. Entre a população empregada sem carteira assinada, o índice se manteve estável no último trimestre porém apresentou um aumentou de 6,4% na comparação anual, chegando ao maior percentual de toda série histórica.
No geral, o rendimento real habitual do trabalhador cresceu 1,9% no 4° trimestre, somando R$2.808,00 no fim de 2022. Em comparação com 2021, a alta foi de 8,3%.