Minha empresa precisa estar nas redes sociais? Em qual(is)??

Num primeiro momento, essa poderia ser entendida como uma perguntinha capciosa, uma pegadinha. Mas pensando direitinho, não é tão difícil de avaliar, se considerarmos alguns fatores. É que o verbo ‘precisar’ nos remete de cara a uma percepção quase que de obrigação. E há mesmo quem diga que uma marca que não está nas redes sociais está fadada a morrer. Calma lá – nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Estar na internet da forma correta pode sim te ajudar a se relacionar mais e melhor com quem forma a imagem da sua empresa. Mas se for da forma errada, pode ter o exato efeito contrário e render sucessivas (e até fatais) crises de imagem.

É fato que a internet facilitou de maneira impressionante a quebra de barreiras geográficas e ajuda qualquer pessoa – qualquer mesmo – a alcançar espaços e pessoas (no caso de um negócio, alcançar públicos) onde antes era impensável. Isso a um custo muito baixo e com poucos recursos – muitas vezes, com apenas um celular com câmera e acesso à internet é possível ter uma loja online, ou um canal de vídeo para apresentar seus produtos, prestar seus serviços, ministrar aulas e palestras, realizar reuniões e até grandes eventos, além de uma infinidade de outras possibilidades. Tudo ali na palma da mão. Simples e fácil. Certo? Mais ou menos.

De fato, o alcance proporcionado pelas redes sociais é imenso. Segundo dados do relatório Digital 2022: Global Overview, publicado em parceria entre We Are Social e Hootsuite, 4,62 bilhões de pessoas  – ou 58,4% de toda população mundial! – possui pelo menos um perfil em alguma rede social.

Sedutor, não? É natural entender como esses dados reforçam a ideia disseminada com muita frequência de que “seu público, seja ele qual for, certamente está nas redes sociais”. Pois é. Mas vamos seguir.

Antes de se aventurar empolgadamente a mergulhar de cabeça e criar perfis em todas as redes, lembre-se de se fazer uma perguntinha fundamental: “eu estou preparado para manter esses perfis como se deve?”. Sim, porque estar nas redes e não corresponder às expectativas daquele público pode ser um tiro no pé. Então, respira fundo e vamos refletir sobre mais algumas informações, usar nossa inteligência estratégica:

Esse mesmo estudo da We Are Social e Hootsuite também apontou as redes mais utilizadas pelos internautas. A imagem abaixo mostra o ranking mundial – e por ele percebemos que o Facebook aparece em primeiro lugar, seguido do YouTube e do Whatsapp.

Já quando olhamos especificamente para o Brasil, isso muda um pouquinho. Por aqui, o WhatsApp aparece como campeão de adesões, com nada menos que 96,4% dos usuários de redes sociais entre 16 e 64 anos – o que equivale a 165 milhões de usuários.

Outro ponto importante a observar é o tempo que cada usuário passa nessas redes. E nesse quesito mais uma vez o Brasil se destaca, já que foi apontado como o segundo país que mais passa tempo nas redes sociais. A média diária de uso das redes por usuário é de 3h43min, o que deixa o país atrás apenas da Filipinas, que possui a média de 4h17min.

Prato cheio para sua imagem brilhar? Pode ser. Mas assim como no offline, na internet também as pessoas se distribuem e se agrupam por interesses, nichos, perfis. Então, assim como o mundo físico demanda estudo de mercado e mapeamento de públicos, no digital não é tão diferente.

É preciso escolher bem as redes em você irá criar um perfil para a sua marca ou negócio, levando em conta:

• O público dessa é rede é um público potencialmente interessado no que você tem a oferecer?
• Você conhece a linguagem utilizada nessa rede? (Linkedin, mais profissional, com conteúdos mais densos e elaborados. Instagram, mais dinâmico e descontraído, utilizando mais imagens e vídeos curtos, com legendas mais curtas e objetivas, e por aí vai)
• Você tem fôlego, ou seja, tempo disponível e conteúdo interessante para sustentar uma regularidade de postagens?

Respondidas essas perguntas e estando prontos para ingressar no mundo virtual, é hora de escolher as redes que mais têm afinidade com você ou sua marca. Algumas dicas sobre as “três mais” do Brasil:

• WhatsApp: é a rede social de mensagens instantâneas mais popular entre os brasileiros. Ganhou até o “carinhoso” apelido de ‘zap’ por parte da população. Possui 165 milhões de usuários no Brasil. Ou seja, praticamente toda a população que tem um smartphone tem também o WhatsApp instalado.
• Instagram: foi uma das primeiras redes sociais exclusivas para acesso mobile. É verdade que hoje é possível acompanhar as atualizações em desktop, mas o produto é todo voltado para ser usado no celular. Possui 119,5 milhões de usuários no Brasil, e em 2012 foi adquirido pelo Facebook (agora Meta). No começo era basicamente uma rede social de compartilhamento de fotos entre usuários, com a possibilidade de aplicação de filtros. Mas isso mudou e hoje ela é vista como a principal rede para geração de negócios. Então é sim bem importante marcar presença por lá.
• Facebook: é de longe a rede social mais popular do planeta. Muitos consideram que foi a rede que ajudou a acelerar a popularização do uso das redes sociais. Criada em 2004, possui 116 milhões de usuários no Brasil. Chegou a ser considerada por muito tempo a rede social mais versátil e completa, indicada para gerar negócios, conhecer pessoas, relacionar-se com amigos, informar-se, divertir-se, debater, entre outras coisas. Também uma ótima aliada para empresas – se tiver uma boa estratégia de presença por ali, pois são muitos os grupos de interesses.

Bem, esse tema é extenso e não vamos conseguir esgotar tudo nesse artigo. Então, no próximo iremos falar mais sobre as vantagens que as redes sociais podem oferecer para as empresas no relacionamento com seus públicos estratégicos – não só para vender mais, mas para construir uma reputação forte e positiva, descobrindo verdadeiros embaixadores da marca e de causas que a empresa pode representar e encampar.

Você pode contribuir com comentários, perguntas e pedidos de mais informações sobre alguma rede que te chamou mais atenção. Grande abraço e até lá!