A constante evolução da tecnologia, digitalização e inteligência artificial têm nos impactado drasticamente nesta última década e principalmente pós pandemia, período o qual, a digitalização ganhou o foco como ferramenta de trabalho no home office.
O que não podemos negar é que hoje, realmente muitas atividades que antes eram um desafio para várias pessoas como: ir ao mercado, monitorar e acompanhar pais idosos a distância, telemedicina e o trabalho sem fronteiras foram resolvidos pela tecnologia, apps e redes de relacionamento.
Mas, atrás de toda essa facilidade que o mundo digital apresenta estão os crescentes números de depressão, ansiedade, pânico, agressividade e isolamento que os usuários, principalmente os mais jovens, têm apresentado ao utilizar a tecnologia de forma indiscriminada.
Segundo especialistas de psicologia, o uso excessivo de smartphones e computadores têm levado as pessoas à depressão, estresse e insônia, além de isolamento, uma vez que esses aparelhos oferecem uma saída passiva, na qual o usuário não precisa mais interagir com o mundo real e enfrentar os problemas.
Os dados de um estudo feito pela Hoopsuite, em parceria com a We Are Social, ilustram este cenário. De acordo com a pesquisa, os brasileiros passam, em média, nove horas e vinte e nove minutos por dia conectados à internet. Um índice que, ao ser delineado em dias, pasmem, aponta que o brasileiro passa 145 dias inteiros, por ano, totalmente conectado.
Não fosse só a tecnologia, os dados da Organização Mundial da Sáude (OMS), nos dizem que o Brasil é o país que lidera o ranking de depressão e ansiedade na América Latina com mais de 19 milhões de pessoas nestas condições.
A reflexão que faço é: Até que ponto o uso de todo esse arsenal de equipamentos e ferramentas tecnológicas têm nos auxiliado na evolução intelectual e comportamental? Vemos jovens não querendo trabalhar, profissionais atendendo mal seus clientes e se integrando cada vez menos às empresas. O engajamento na carreira já não é o mesmo, as relações sociais cada vez mais comprometidas, filhos e pais que não conversam em casa e ao mesmo tempo imploram por “likes” em redes sociais.
Como podemos equilibrar o uso das tecnologias e ao mesmo tempo nossas relações pessoais, emocionais e sociais?
Será que o “fim do mundo” que muitos dizem será o fim do mundo real para vivermos tristes e depressivos num mundo virtual de mentiras e fotos felizes em redes sociais?
Executivo de RH e Coach Executivo de diretores, VP’s e CEO’s de empresas nacionais e multinacionais, atendendo clientes em 13 países. Foi executivo de RH de uma das maiores empresas de bens de consumo do país, já desenvolveu mais de 38.000 profissionais ao longo dos seus 24 anos de carreira. Formado em Relações Públicas pela PUCCAMP, pós-graduado em Consultoria de Carreira pela FIA/USP e com 5 certificações internacionais em PNL e Coaching Integrado. Marcos é referência em Carreira e Gestão em veículos como: Valor Econômico, InfoMoney, G1, Yahoo Finance, Globo/EPTV, SBT, Você S/A, TV Bandeirantes, Nova Brasil FM, Carreira & Negócios entre outras, tendo mais de 120 matérias publicadas.