Transformação no consumo, competição global e desafios regulatórios marcam encontro de líderes empresariais

O avanço das plataformas chinesas de varejo, com operações cada vez mais sofisticadas no Brasil, inaugura uma nova era de consumo e impõe desafios às empresas nacionais. Com margens agressivas, logística eficiente e uso intensivo de dados, as plataformas estrangeiras vêm pressionando cadeias comerciais inteiras e alterando o comportamento dos consumidores.

Levantamentos da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) apontam que as vendas online no Brasil cresceram 75% entre 2019 e 2024. Nesse período, a participação de marketplaces internacionais praticamente dobrou, impulsionada por preços competitivos, prazos de entrega reduzidos e vantagens fiscais. Esse cenário coloca o país diante de um dilema: proteger o mercado interno ou enfrentar o risco de uma desindustrialização silenciosa.

Encontro para debater estratégias
Para discutir os efeitos dessa transformação, o Mercado & Opinião promove, em 25 de agosto, em São Paulo, um jantar com empresários e especialistas em economia, mercado e inovação. O encontro reunirá lideranças de setores impactados pela digitalização do consumo e pela concorrência internacional, além de abordar os desafios regulatórios relacionados à presença das plataformas chinesas.

Segundo Marcos Koenigkan, presidente do Mercado & Opinião, o momento exige preparo e reposicionamento. “A presença chinesa no varejo brasileiro não é um fenômeno pontual. Estamos diante de uma mudança estrutural que exige visão estratégica, técnica e reação rápida. Ignorar essa realidade é abrir mão de competitividade”, afirmou.

O empresário Paulo Motta, sócio de Koenigkan nos eventos do Mercado & Opinião em São Paulo, reforça a necessidade de ação estratégica. “O empresário que entende o contexto global e ajusta sua estratégia com base em dados e inteligência não apenas sobrevive, mas ganha relevância. Esse tipo de diálogo é essencial para construir negócios sólidos em um cenário tão competitivo”, destacou.

Para Koenigkan, a troca de experiências é fator decisivo nesse processo. “Quando abordamos temas sensíveis como esse de forma estruturada, aumentamos nossas chances de atravessar o impacto com inteligência”, concluiu.

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