O mundo pós pandemia trouxe consigo novos paradigmas. A forma com a qual passamos a lidar com o espaço mudou mais de uma vez nos últimos 3 ou 4 anos. Desde a concepção de conceitos dos imóveis à concepção da usabilidade dos mesmos. As necessidades nos adaptaram a um novo modelo que sugere (ou já sugeriu) um espaço de trabalho remoto; e até mesmo uma área de lazer particular. Mas como o mercado imobiliário parece lidar com tantas mudanças?
O momento pós pandêmico se mostra ainda mais dinâmico, volátil. A busca por espaços maiores durante a epidemia da COVID-19 impulsionou uma migração em massa para o interior dos estados. Porém, o que antes se mostrou como refúgio de muitas famílias, passou a ceder espaço novamente às grandes cidades, uma vez que muitas empresas determinaram regresso integral ou híbrido às atividades laborais.
Com isso, muitos imóveis surgem como opção fazendo com que o valor cobrado em um momento anterior colida com a disponibilidade farta do momento. Nesse cenário, o preço tende a cair.
“Há quem diga se tratar de especulação. São, contudo, sinais dos movimentos. Escassez aumenta o preço, mas a fartura caminha em sentido oposto”.
Contudo, investidores menos atentos ou proprietários de ocasião alegam que os agentes imobiliários estão pressionando por uma desvalorização do bem. A questão, em si, passa por perceber que – em algum momento – houve profunda valorização, talvez apoiada em certa especulação, que projetou números em patamares elevados que não existem mais. É importante ter em mente, independentemente de estar posicionado como cliente comprador ou vendedor, que os imóveis, hoje, e sempre, são e serão avaliados com base nos seus semelhantes e nas ofertas disponíveis para a região em análise; e sempre dentro de um determinado recorte de tempo que pode considerar a valorização/demanda ou o movimento contrário da região.
“Estar aderente aos valores praticados no recorte de tempo atual é entender a proporção de m2 existente para determinado imóvel conforme o padrão do mesmo. Conforme a gama de opções que apresenta e o pacote de serviços que a região dispõe”.
Neste sentido, valorar um bem é não lançar um olhar apressado sob o mesmo, não optando por um leilão e uma coletânea de placas que podem sugerir desespero, despreparo. Algo que um investidor nato saberá identificar como oportunidade. E se propor a negociar abaixo, por muito menos que o valor real.
É importante frisar que os excessos no cuidado ou falta dele atrapalham o processo de venda. Saber posicionar seu imóvel dentre tantos outros e oferecer uma condição ideal para que o mesmo seja trabalhado é algo que passou, também, a ser palco para franquias.
As franquias, nesse sentido, trazem formatos diferenciados, validados e vencedores, colocando os pés de todos sob o mesmo chão. Valorizando o que precisa ser valorizado, transferindo conhecimento para seus franqueados e, por conseguinte, para seus clientes finais, sejam eles vendedores ou compradores.
O formato trabalhado no Brasil e que hoje – ainda – assusta muitos clientes e concorrentes é algo consistente, bem-organizado e de prática comum em países como os EUA e Portugal. É uma forma de observar e trabalhar o imóvel como um produto, tendo no agente imobiliário a peça chave da condução dos negócios e dos interesses de quem o contrata. Precisamos, sim, nos acostumar com o bom trabalho, fruto da boa entrega de uma avaliação e de um processo que evita perda de dinheiro e tempo de todas as partes envolvidas. O futuro está chegando, se é que não seja já parte da realidade frente aos nossos olhos, e a transformação na forma, método e qualidade do atendimento do ramo imobiliário é algo que marca esse novo tempo. O Mercado está posto. Estamos prontos para ele?
Empresário no Segmento de Franquias com experiência em Gestão de Clientes Corporativos há mais de 25 anos. Multiprofissional formado em Comunicação com habilitação em Jornalismo pela UVA – Universidade Veiga de Almeida (RJ), com experiência em documentário, fotografia, rádio e produção de conteúdo pela Agência ZeroUm, SP.