No Papo de Sábado de hoje conversamos com Eliani Cavalvante, empreendedora cultural, diretora na ONG Mater Dei e responsável pela gestão do Café Dalí, além de sócia-fundadora da Li Cavalcante Produções Artísticas e Culturais

JVN: Eliani, você é de Atibaia mesmo?

Eliane Cavalcante: Não, eu nasci em Osasco-SP, mas cheguei em Atibaia bem pequena, com quatro anos de idade, quando meus pais decidiram morar no interior.

JVN: Então passou sua infância praticamente toda aqui. Como foi esse período e qual o papel de sua família no desempenho de sua formação? Eles incentivaram você a seguir o caminho que escolheu?

Eliane Cavalcante: Eu tive uma infância muito marcante. Cresci em uma fazenda aqui da região, onde aprendi desde menina os valores que considero essenciais para desenvolvimento humano. Aprendi a fazer horta, alimentar animais, remar, pescar, plantar, colher. Aprendi também conceitos que me fizeram entender bastante sobre natureza e a importância de estar alinhada ao respeito a ela e ao todo.

Minha família é de origem simples, meus pais vieram de Pernambuco em busca de uma nova história aqui em SP. Eu sou a caçula de três irmãs: Fátima, a mais velha, Márcia, a do meio, e eu, a ‘raspinha do tacho’ (risos). Lembro de minha mãe, Fátima (*sim, ela e a filha mais velha têm o mesmo nome – Maria de Fátima), sempre dizer: “viemos para São Paulo sem nenhum vintém, mas eu queria que minhas filhas tivessem outra vida, diferente da vida sacrificada do Nordeste.” Meu pai já é falecido, mas foi um grande exemplo na minha vida, um homem de criatividade ímpar!

Eliani e a filha, Mariana, hoje com 13 anos (foto: arquivo pessoal)

É em minha família que me inspiro para ser a mãe que sou hoje para a Mariana, uma menina amável e muito compreensiva, a quem dedico todos os dias meus esforços para um mundo melhor, com a transformação social que desejamos.

JVN: Conte-nos um pouco sobre sua vida acadêmica e profissional. Como foi sua trajetória para formar a gestora cultural que você se tornou?

Eliane Cavalcante: Eu cursei Administração aqui mesmo na cidade, na UniFaat, e iniciei minha trajetória profissional aos 19 anos, em uma multinacional alemã. Atuei na liderança de equipes por dez anos e também no setor público: primeiro na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC) e depois na Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SADS) da prefeitura de Atibaia. Em meados de 2013 comecei a atuar como voluntária na Mater Dei, onde, mais adiante, eu assumiria a diretoria da entidade, junto com o Gianmarco Bisaglia. O convite para esse desafio partiu da fundadora da ONG, Purificaccion D. Munhoz. Hoje, além da minha atuação na Mater Dei e no Café Dalí, também me realizo como gestora cultural por meio da empresa que fundei em março de 2021, a Li Cavalcante Produções Artísticas.  

JVN: Que interessante. E você poderia detalhar um pouco mais a sua história com a Mater Dei? Como você conheceu a entidade?

Eliani Cavalcanti: O meu primeiro contato com a Mater se deu quando eu ainda estava na prefeitura, em decorrência da análise das prestações de contas que eu exercia. Nessa época, eu conheci muitas entidades, bem como seus dirigentes. E aquele projeto voltado a jovens gestantes era muito rico de informações e experiências e me conquistou. Então, logo que saí da prefeitura passei a atuar como voluntária na Mater, justamente na gestão financeira e prestação de contas da instituição.

JVN: E quando exatamente você entendeu que seu caminho era mesmo se desenvolver no terceiro setor?

Eliane Cavalcante: Dentro da experiência vivida na SADS, pude conhecer as ONGS que atuavam em Atibaia, os projetos sociais que cada uma desenvolvia e a importância de cada um para os usuários atendidos. A leitura dos relatórios desses projetos, somada à experiencia em campo, me trouxe um resgate a algo que sempre existiu em mim, mas de que o mundo industrial havia me desconectado. Somos seres humanos que precisam de seres humanos.

JVN: Quais são suas referências nesse campo? Quem são as pessoas ou projetos que te inspiraram e que ainda te inspiram a seguir essa trilha?

Eliani Cavalcante: Ah, foram muitos. Na minha dentro da assistência social tive acesso a trabalhos junto à OSC Terceira Via – Joanópolis, além de muitas entidades de Atibaia que me despertaram admiração, como o Espaço Crescer, que conheci por meio de sua fundadora, a Sueli; a Casa do Caminho, que também conheci por um dos fundadores, o senhor Roberto, entre tantas outras iniciativas de trabalho social com resultados positivos no município, que admiro e com os quais muito aprendi.

JVN: Em sua opinião e experiência, quais são os maiores desafios em atuar no terceiro setor no Brasil, especialmente em uma cidade como Atibaia? E o que torna essa área gratificante para você?

Eliani Cavalcante: O terceiro setor é imprescindível para o desenvolvimento de atividades que o primeiro e o segundo setores não alcançam, ou não possuem ‘pernas’ para atender em todas as suas demandas. Ele surge para atender estas demandas e dar resposta a problemáticas que muitos preferem não ver ou nas quais não desejam atuar.

Atuar no terceiro setor, no nosso país, é desafiador. Para além das problemáticas que envolvem os atendidos nos projetos está a dificuldade em captar recursos para seu pleno andamento. Infelizmente existe a imagem generalizada de que é um setor em que a corrupção passa por dentro. A verdade que existem sim muitas entidades sérias, que cumprem seu papel, honram o dinheiro recebido e garantem a aplicabilidade dos recursos nas devidas atividades à comunidade. O problema é que em todos os setores – tanto no primeiro, quanto no segundo e no terceiro -, existe sempre alguma erva-daninha que acaba maculando o bom trabalho desenvolvido pelas organizações sérias.

O que me deixa em plenitude, com o coração leve, é quando trabalhamos em um projeto e o resultado é reconhecido nas falas dos nossos atendidos. Quando, por exemplo, encontro uma manicure que foi aluna nos nossos cursos, ou uma mãe que me apresenta seu(a) filho(a), trabalhando como jovem aprendiz, porque em algum momento a nossa atuação em sua gestação fez com que ela entendesse a responsabilidade e o amor que deveria ter na condução desta criança. Ou ainda quando ajudamos a desenvolver políticas públicas que impactam positivamente na comunidade, enfim. Colher frutos de boas histórias me faz pensar que estamos no caminho certo e, assim, seguimos com a certeza de que todos os dias fazemos diferença na vida de alguém.

Equipe do Café Dalí e Mater Dei – confraternização em 2023 (Foto: arquivo pessoal)

JVN: Mais especificamente sobre as frentes trabalhadas pela Mater Dei, quais são as que você considera mais relevantes e por quê?

Eliani Cavalcante: Transitamos nas áreas sociais, mas também em questões ambientais e culturais. Somos um ponto de cultura e ancoramos no Café o desenvolvimento de ações culturais.

JVN: Falando mais sobre o Café Dalí, essa é uma iniciativa inovadora, que foge ao padrão de outras ONGs. De quem foi, ou como surgiu a ideia de criar o café como fonte de receita para a Mater Dei?

Eliani Cavalcante: Desde o início da nossa gestão na Mater Dei nós sempre sonhávamos em desenvolver um projeto autossuficiente em captação de recursos – e foi desse sonho que surgiu o Café Dalí. Uma iniciativa comercial que me desafiou a conhecer sobre cafés e sobre cenários da gastronomia antes nunca experimentados por mim.

Atuávamos com os projetos e editais da prefeitura quando nos deparamos com uma licitação aberta para cafeteria e que seria na praça da matriz. Já havíamos identificado que a praça enfrentava diversos problemas socias que demandavam uma atuação, mas não sabíamos por onde começar. Estávamos desenvolvendo nosso planejamento para o próximos cinco anos e decidimos contemplar dentro dele uma atividade comercial que trouxesse visibilidade para a ONG e, ao mesmo tempo, captasse recursos. Foi quando identificamos o edital e logo pensamos: “é este!”.

Demos início aos trâmites de documentação e participamos da licitação. Tivemos êxito e entramos. Daí para frente foi só correria e muito café! (risos)

Inauguração do Café Dalí, em 03 de abril 2018. Ao centro, Eliani Cavalcante, de vestido cinza, e Gianmarco Bisaglia, de camiseta vermelha.

JVN: Sabemos que muitas pessoas não estão familiarizadas com a ideia de uma ONG manter um comércio. Poderia nos explicar, de maneira simples, como funciona essa estrutura legalmente?

Eliani Cavalcante: Claro. Vivemos com um conceito muito antigo de que ong não pode muitas coisas. Na visão de muitas pessoas, é mais fácil aceitar que uma ONG peça ajuda via telefone, boletinho de doação fixa mês a mês, ou outros tantos outros meios de doação. Mas o fato é que vivemos em plena mudança e os conceitos são novos. Eu conheço organizações em São Paulo que possuem gráfica, panificadora, fábrica de fraldas, hostel, entre muitas outras atividades comerciais com finalidade de geração de renda própria.

Hoje a legislação permite que uma ONG possua negócios, desde que toda receita seja revertida para a finalidades de seu CNAE principal. O que muda em relação a um modelo de comércio tradicional são algumas situações tributárias, além também de algumas situações de gestão que são bem diferenciadas em relação aos modelos tradicionais de comércio.

As Ongs podem atuar em quaisquer áreas, a diferença entre uma empresa tradicional é que a ONG não distribui lucro, que é integralmente da causa social, ou seja, o recurso financeiro é totalmente aplicado na causa da organização.

JVN: E quais foram os maiores desafios que vocês enfrentaram ao lançar o Café Dali, tanto no que diz respeito à parte legal e regulamentar, por ser um comércio vinculado a uma ONG, quanto à flexibilidade do público em entender esse conceito?

Eliani Cavalcante: Quanto à regularização da situação, no que tange às legislações comerciais, o alvará e outras documentações, registros e licenças, foi até fácil, porque já possuíamos tudo em ordem, então tudo seguiu os trâmites normais. Mais difícil foi lidar com o julgamento das pessoas no início. Como não era uma operação comum no nosso município, ouvimos muita bobagem, do tipo “vão pegar doação para fazer os doces”, ou “as grávidas vão trabalhar de graça” e coisas do tipo.

No entanto, na contramão disso, muitos turistas nos visitam e acham sensacional ter um projeto como este e sempre voltam e indicam para os amigos, por entenderem que não é um pedido de doação, mas sim uma troca de experiências em que parte do dinheiro despendido fica para projeto social.

Agora, falando em relação à gestão, os processos seguem com maior clareza. Algumas dificuldades recorrentes são em relação ao fluxo de caixa e investimentos, pois ONG’s não possuem a capacidade de investimento mercantil, não contam com a possibilidade de empréstimo para financiar investimentos, não podemos ter cartão de crédito. Mas estas estruturas nos conduziram a um processo de gestão enxuto e claro.

JVN: Na sua percepção, essa visão distorcida das pessoas sobre a relação entre ONGs e iniciativas comerciais se dá mais por preconceito ou falta de informação? E como vocês lidam com isso no dia a dia?

Eliani Cavalcante: Acredito que exista mesmo muita falta de conhecimento, ou conhecimento raso sobre a questão. Qualquer ONG pode exercer atividade comercial, de acordo com os ritos da legislação vigente, desde que aplique 100% dos lucros na organização.

E sobre como lidamos com esse tipo de visão distorcida, bem, simplesmente seguimos fazendo nosso trabalho e ganhando credibilidade com aqueles que desejam conhecer e se aprofundar sobre a atuação da ONG, para que possam tirar conclusões baseadas na realidade.

JVN: O que o Café Dali oferece que o diferencia dos outros cafés da cidade? Há algo que o público encontra lá que não encontra em outro lugar?

Eliani Cavalcanti: Bem, eu começaria falando sobre a origem do nosso nome. Café Dalí vem do nosso desejo de homenagear o grande pintor surrealista Salvador Dalí, pois somos um café reconhecido como ponto de cultura. Um grande atrativo que nos diferencia é que temos a melhor vista da cidade, para o monumento da Pedra Grande e o Parque do Itapetinga. Outro diferencial é que criamos nossas delícias aqui mesmo – nossos produtos são artesanais, com ingredientes de primeira qualidade e com aquela carinha de feitos pela mãe, pela avó, o que nos desperta uma experiência de lembranças do passado com sabores do presente.

Somos também um café inclusivo, recebemos diversos públicos por aqui, grupos de crianças e adultos especiais, e somos ‘pet friendly’. Por tudo isso, nos tornamos um ponto turístico do município, dentro do centro histórico de Atibaia.

JVN: Além dos serviços tradicionais de um café, o Dalí também realiza eventos, loca o espaço e oferece serviços para eventos de terceiros, correto? Como as empresas e pessoas podem contratar o espaço e o que mais é oferecido nesse sentido?

Eliani Cavalcante: Sim, trabalhamos com brunchs empresariais, eventos culturais, festas e pequenas comemorações, reuniões de equipe e também happy hours. Para cada situação, montamos o menu junto ao cliente, a fim de proporcionar uma experiência única para seus convidados que, ainda, irão se deliciar com nossas comidinhas preparadas especialmente para o momento. Para contratar nossos serviços basta nos contatar pelas nossas mídias sociais ou telefones do café.

JVN: Você pode compartilhar algumas histórias ou momentos marcantes no Café Dali, seja com clientes ou eventos?

Eliani Cavalcanti: A gente vive intensamente muitos momentos bons, mas alguns nos marcaram de forma especial. Um exemplo foi o Sarau dos Idosos, em que 120 idosos transformaram o nosso café em uma área totalmente cultural: teve dança, declamação de poemas, cantorias, contação de histórias… Foi tudo muito lindo e harmonioso.

Sarau dos Idosos (2024) – iniciativa da Ong Mater Dei. (Foto: arquivo pessoal)

Outros muitos momentos nos marcam foram o encontro com os queridos do Fazendo Arte Fazendo Parte , um projeto destinado a pessoas com deficiência intelectual e/ou neurodiversas. Nele, ao término do lanche, cada um vai pagar sua continha, espera o troco e tem ali o seu exercício de cidadania. E ainda ganhamos uma musiquinha cantada por eles no final. É um momento único, que diz muito sobre todos nós!

Temos também a integração do Café em eventos públicos, como carnaval, eventos literários e Natal.

Temos uma celebração de aniversário muito especial que ocorre todos os anos no Café, sempre em meados de dezembro. A família utiliza esta festa para juntar todos os integrantes que acabam não se encontrando no Natal, então fazem a festa de aniversário da dona América. No ano passado ela completou 88 aninhos e a festa foi incrível – contou com músicos, neto tocando cajón… Enfim, um momento único, como todos os momentos por aqui.

A roda de samba, que já recebeu muitos grupos de artistas da cidade, realizamos aos domingos e reúne vários públicos – é um evento intergeracional.

Costumamos receber também a visita do moto clube feminino, GirlMoto – Vale, formado por mulheres maravilhosas fazendo transformação em duas rodas.

Encontro do moto clube feminino GirlMoto em 2023 (Fotto: arquivo pessoal)

JVN: Olhando para as realizações do Café Dali até aqui e tudo o que ainda pode ser feito, quais são os planos para 2025? Há novos projetos ou iniciativas em andamento?

Eliani Cavalcante: Iniciaremos o ano com muitas novidades. Uma que posso adiantar é a retomada do projeto Praça Cultural, um ciclo cultural e gastronômico, com danças típicas de alguns estados brasileiros.

JVN: E vocês pensam em expandir o conceito do Café Dali para outras cidades, ou criar novas formas de gerar receita para uma ONG?

Eliani Cavalcante: Nosso foco enquanto ONG é em pessoas, mas o empreendedorismo social é uma ferramenta que nos proporciona muitas aberturas e acessos. Nossa meta é fortalecer os projetos existentes e possivelmente diversificar fontes de financiamento. Por hora estamos trabalhando o programa FORTES*, que visa captar recursos para a Mater Dei e prestar serviços para outras ONGs.

(*Saiba mais sobre o FORTES nessa matéria do JVN)

JVN: Para finalizar, qual conselho você daria a outros gestores de ONGs que desejam criar alternativas inovadoras e sustentáveis ​​para suas instituições?

Eliani Cavalcante: Hoje o terceiro setor não é mais espaço para filantropos de plantão. É um segmento complexo, que demanda muita experiência e expertise técnica, desde o modelo de captação de recursos até a avaliação de impacto das atividades executadas.

Assim, penso que gestores de ONGs precisam estar antenados com os marcos regulatórios e a inovação aplicada ao empreendedorismo social. Como uma dos precursores de tantas iniciativas diversas, posso dizer que dá trabalho, mas vale a pena!

JVN: E se você pudesse descrever em uma frase o impacto que você espera que a Mater Dei e o Café Dali tenham na comunidade, qual seria?

Eliani Cavalcante: Inspiração interna e externa sempre!

(Foto: arquivo pessoal)

*Eliane Tenório Cavalcante: Empreendedora Cultural, é bacharel em Administração de Empresas pela UNIFAAT, possui mais de 20 anos de trajetória profissional exercida na indústria, administração pública, comércio e terceiro setor. Trabalha com organização de eventos há mais de dez anos, participando de tradicionais festas locais como carnaval, festa da cidade, festa das flores e morangos de Atibaia e Jarinu, com serviços de alimentação ou comercialização de arte-artesanato. Gestora do empreendimento Café Dalí, onde realiza curadoria das atividades culturais e gastronômicas, com ações de música ao vivo e promoção de artistas locais, feiras de arte, artesanato, troca de livros, exposições e participação em festivais gastronômicos. Por meio de sua empresa Li Cavalcante Produções – organiza o movimento Praça Cultural, que foi objeto de financiamento em 2023 no edital de cultura da SMCE, com mais de 15 ações realizadas no campo da literatura, artes plásticas, música, cinema e fotografia, além de ações formativas de gestão cultural.

Instagram da Mater Dei: @ongmaterdei https://www.instagram.com/ongmaterdei/

Instagram do café Dalí: @ocafedali https://www.instagram.com/ocafedali/

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2 Comentários

  1. Parabéns Eliani por todas as conquistas desse ano, eu me sinto muito honrada de em algum momento ter feito parte dessa iniciativa tão maravilha que é o mater e principalmente o café dalí, vive um carnaval muito especial aí com sua equipe que com certeza ficou marcado na minha história, desejo muito sucesso para você, tudo de bom em sua vida que Deus abençoe sempre e cada dia mais você sua família e a família Mater e café dalí, mesmo estando do outro lado do oceano meus pensamentos positivos e todo meu carinho e gratidão.

  2. Parabéns Eliani,
    Por sua trajetória marcante p experiências pessoais e sociais.

    Acesso e protagonismo na cultura e na Cultura são pilares da cidadania saudável.

    Abraços, sucesso

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