Com investimentos de R$ 54,7 bilhões e 37 novos arrendamentos previstos até 2026, o Brasil se prepara para atender às demandas do comércio internacional, fortalecendo a infraestrutura portuária
A política de concessões e arrendamentos portuários adotada pelo Governo Federal promete transformar a logística de comércio exterior no Brasil. Segundo o ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos (MPor), essas iniciativas são essenciais para manter a competitividade do país, especialmente diante do acordo Mercosul/União Europeia, que pode elevar as exportações brasileiras em até US$ 7 bilhões a curto prazo.
Em 2024, os portos brasileiros movimentaram 967,5 milhões de toneladas, representando 97,2% do total transportado. A balança comercial fechou o ano com US$ 74,6 bilhões, o segundo maior superávit da história. “Nosso foco é modernizar estruturas portuárias para preparar o Brasil para o crescimento das exportações e tornar nossos produtos mais competitivos no mercado global”, afirma o ministro.
Além de expandir a infraestrutura existente, o MPor prevê a concessão de canais de cinco grandes portos: Paranaguá, Santos, Itajaí, Rio Grande e Salvador. Segundo o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, essa gestão privada é crucial para aumentar a eficiência portuária. “A concessão permite dragagens permanentes e agiliza as operações, reduzindo a burocracia”, explica.
Com o apoio do Novo PAC e uma carteira de R$ 54,7 bilhões em investimentos, o setor deve continuar crescendo. Desde 2018, os portos brasileiros registraram um aumento de 34% na movimentação de cargas, sendo 39% nos portos públicos. O avanço beneficia principalmente as regiões Norte e Nordeste, descentralizando o comércio exterior e criando novas oportunidades.