Dados mostram leve recuperação no mês, mas resultado ainda é 0,9% inferior ao registrado em maio de 2024

O setor de bares e restaurantes encerrou o mês de maio com um crescimento de 1% nas vendas em relação a abril, segundo o Índice Abrasel-Stone, divulgado nesta semana. Apesar do avanço no mês, o desempenho ainda é 0,9% inferior ao registrado no mesmo mês de 2024.

O levantamento, que acompanha mensalmente o setor de alimentação fora do lar em 24 estados brasileiros, é desenvolvido pela Stone em parceria com a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), com base na movimentação transacional dos negócios.

Para o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, o resultado de maio ficou dentro das expectativas, impulsionado principalmente pelo Dia das Mães, uma das datas mais relevantes para o setor.
“O mês correspondeu às nossas expectativas, permitindo uma recuperação do resultado negativo de abril. A expectativa agora é positiva para junho, com a Semana dos Namorados impulsionando ainda mais as vendas”, afirma.

Segundo Matheus Calvelli, cientista de dados da Stone, embora o setor ainda opere abaixo dos níveis de 2024, há sinais de estabilização. “A queda na taxa de desemprego e a geração de empregos formais contribuem para a retomada do consumo. A inflação, embora ainda elevada, veio abaixo das expectativas e mostra sinais de desaceleração, especialmente no setor de serviços, que impacta diretamente bares e restaurantes”, analisa.

Os dados mostram variações expressivas entre os estados. No comparativo de maio de 2025 com maio de 2024, oito estados registraram crescimento nas vendas, com destaque para o Rio Grande do Sul, que teve alta de 12,5%, seguido por Mato Grosso e Rio Grande do Norte (ambos com 4,7%), Alagoas (4,1%), Mato Grosso do Sul e Paraíba (1,4%), Sergipe (1,3%) e Paraná (0,8%).

Por outro lado, 16 estados tiveram queda, sendo as maiores retrações em Roraima (-7%), Bahia (-5,6%), Tocantins (-5,5%), Pernambuco e Piauí (ambos com -4,8%), Minas Gerais (-4,5%) e Santa Catarina (-4,3%). Também apresentaram recuo Espírito Santo (-3,2%), Rondônia (-3,1%), Ceará (-2,5%), Goiás (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,7%), Pará (-1,5%), Manaus (-1,3%) e São Paulo (-0,6%).

O relatório também indica que, apesar da frequência dos clientes se manter, há uma priorização por itens de menor valor. Empresários ouvidos no levantamento relatam impactos da inflação nos custos e, consequentemente, na necessidade de ajustar preços e buscar otimização na gestão dos negócios.

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