Relatório global mostra que mais da metade dos investidores prioriza qualidade de vida e eficiência energética. No Brasil, edifício-árvore é símbolo dessa transformação

Certificações ambientais e soluções inteligentes ganham protagonismo nas decisões de compra de imóveis residenciais e corporativos em todo o mundo

O mercado imobiliário global vive uma revolução silenciosa, guiada pela sustentabilidade. Segundo o estudo The Wealth Report 2025, da consultoria britânica Knight Frank, 53% dos investidores priorizam certificações ambientais na hora de adquirir um imóvel. O levantamento revela ainda que dois terços dos entrevistados têm foco na redução de emissões de carbono, 61% valorizam eficiência energética e 48% preferem empreendimentos com fontes de energia renovável.

Essa mudança de perfil tem impactado profundamente o setor da construção civil, que busca equilibrar alto padrão, inovação e responsabilidade ambiental. Certificações como LEED e WELL Building Standard estão se tornando cada vez mais comuns em projetos que desejam se destacar no mercado global — e isso já se reflete em lançamentos brasileiros.

Primeiro edifício-árvore do Brasil une tecnologia e natureza

Um dos principais exemplos dessa nova mentalidade no Brasil é o Auris Residenze, empreendimento do Fischer Group em Balneário Camboriú (SC). Apelidado de “primeiro edifício-árvore do país”, o projeto incorpora conceitos de bioarquitetura, com fachada viva, ventilação natural automatizada, reaproveitamento de água, sistemas de filtragem e sensores de CO₂, tudo com foco no conforto, saúde e economia de recursos.

“Queremos mostrar que é possível unir sofisticação, eficiência e respeito ao meio ambiente. O Auris foi pensado para ser um marco na construção civil brasileira. É um projeto que alia performance ambiental e bem-estar sem abrir mão da valorização imobiliária”, afirma Cláudio Fischer, CEO do Fischer Group.

Assinado pelo escritório italiano Archea Associati, o empreendimento conta com uma fachada biofílica que ajuda a reduzir em até 42% o uso de ar-condicionado, e sistemas inteligentes de reuso de água, que podem gerar economia de até 52% no consumo. Além disso, todas as torneiras e chuveiros do edifício contarão com água potável filtrada, e um sistema de renovação automática do ar manterá a qualidade do ambiente em alto nível, mesmo em áreas fechadas e nas garagens.

O projeto reflete um movimento global: sustentabilidade e bem-estar deixaram de ser diferenciais para se tornarem pré-requisitos. E no caso do Auris, esse futuro já começou.

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