Da Redação: Reportagem: Iago Seo.

Os painéis solares passaram a operar na academia nessa segunda-feira (11/07). Proprietária explica os incentivos e benefícios que levaram a investir em energia sustentável.

Os cuidados com o meio ambiente são importantes, assim como são os com a saúde física. A academia RED1fit da cidade de Bom Jesus dos Perdões–SP garantiu mais um título para sua grade de reconhecimento: a primeira academia a investir em energia limpa e sustentável, através dos painéis solares fotovoltaicos.

O dispositivo eletrônico é capaz de converter energia solar em elétrica por meio do Efeito Fotovoltaico (criação de correntes elétricas em um material sólido quando exposto à luz). A estrutura conta com placas inclinadas em relação ao sol, estruturados com 2,40 metros de altura (ponto mais alto com relação ao solo), e 10 metros de comprimento, podendo gerar 750 kWh.

Painel solar. Foto: acervo RED1fit

Nos últimos anos, os custos associados aos painéis eram altos, tornando-os um investimento pouco rentável. Contudo, o aumento dos custos nas formas convencionais de produção de energia, além da discussão sobre danos causados ao ecossistema sendo pautada cada vez mais pelos governantes ao redor do mundo, são grandes indicadores da tendência pelo investimento em energia limpa, dentre elas a solar.

Para a sócia-proprietária da academia, Cleide Antunes, o investimento vai além da rentabilidade e capacidade de geração de energia para o estabelecimento: “Sustentabilidade faz parte dos nossos valores. E a energia limpa vem com essa proposta.” A incerteza para os investidores em energia renovável parte do pressuposto da “desvantagem financeira”. Contudo, para Cleide, logo no primeiro mês perceberam-se ganhos econômicos significativos proporcionados pelo sistema, chegando a 95% de vantagem quando comparado à energia convencional.

Cleide Antunes
Cleide Antunes

Cleide ainda incentiva a aquisição do meio alternativo de geração de energia: “Digo aos empresários e comerciantes que invistam nessa alternativa. Embora haja um alto valor de investimento inicial, o sistema se paga em poucos anos. Vale a pena pelo custo-benefício e estará contribuindo com a redução do alto impacto ambiental gerado pela energia não renovável”.

Ela ainda ressalta como o setor das academias foi uma das áreas mais afetadas por conta da Covid-19 em 2020 e, dessa forma, uma economia mensal nos gastos de energia possibilita o remanejamento do capital para outras seções da academia.

Vale ressaltar que diversas instituições pelo mundo buscam meios para a produção de placas solares de baixo custo, com material mais comum. Em 2013, os estudantes da universidade de Havard, nos Estados Unidos, desenvolveram o projeto The Clean Energy Project (Projeto Energia Limpa), que busca os melhores materiais orgânicos no mundo para produção dos painéis a baixo custo. Ao todo, foram registrados 20 mil novos materiais que tornariam viáveis as produções das placas.

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