Dia 27 de setembro comemoramos o Dia Mundial do Turismo e eu quero aproveitar a ocasião para trazer para vocês dados e informações relevantes para maior entendimento da importância desse setor no cenário brasileiro.
Esta data foi estabelecida pela Organização Mundial do Turismo (OMT) em 1980 com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância do turismo e todos os efeitos que o desenvolvimento de suas atividades proporciona na economia, cultura, meio ambiente, população e, acima de tudo, no bem-estar coletivo.
Na essência desta comemoração podemos destacar a busca pelo desenvolvimento sustentável, pela preservação ambiental e patrimônio histórico, além da promoção da integração entre os povos e suas diferentes culturas.
A cada ano temos um tema específico que pauta a data e 2023 o tema escolhido foi “Turismo e Investimento Verde”.
Para o setor a preservação do meio ambiente é vital. A emergência climática é uma ameaça real a muitos destinos e à sobrevivência de sua população. O investimento verde não é uma opção é sim uma necessidade, e os principais empresários do setor já aderiram a esta formula, mas ainda há muito a ser feito.
O turismo representa 10% dos empregos do mundo, gera mais de USD 1,8 trilhões em exportações e impacta aproximadamente USD 8 trilhões na economia mundial! Fonte: IDT-CEMA
É incrível o poder de transformação que isso representa, cabe a todos nós um maior entendimento e divulgação generalizada dos aspectos positivos que isso pode representar para imensas comunidades.
Acredite, Turismo e Investimento Verde é uma realidade próspera a ser buscada porque pode transformar nossa relação com meio ambiente ao proteger a enorme biodiversidade que existe em nosso país.
Vamos ao clássico exemplo de Bonito, cidade com 23.659 habitantes (IBGE2022), localizada no Mato Grosso do Sul. A criação do voucher único já foi um tremendo avanço e transformou a cidade na Capital do Ecoturismo.
A última novidade do destino foi obter certificação de “destino de ecoturismo carbono neutro”, que além de ser necessário, coloca o destino mais uma vez na liderança de novas estratégias para o encantamento da demanda.
Claro que os desafios são enormes e aqui citaremos alguns:
- Elaboração e implantação de políticas públicas
- Regulamentação
- Fiscalização
- Acesso a crédito
- Redução de impostos
- Capacitação da comunidade e empresariado
- Mapeamento do potencial de cada destino
- Levantamento de dados e pesquisas
Enfim, como todo bom projeto, esse também precisa de suporte e inteligência, além de envolvimento coletivo e força empresarial.
O mundo já despertou para essa questão, inclusive países europeus estão reestruturando o setor para se adequar e proteger seu patrimônio, pois o excesso de visitantes sem planejamento está provocando muitos problemas. Entrou em cena o ‘anti-turismo’, com várias medidas para desencorajar turistas. E esse será assunto para a próxima publicação. Aguarde!
Pós-graduada em Habilidades Gerenciais, com formação em Marketing e pós-graduada em ESG (Environmental, Social and Governance) e Habilidades Gerenciais, possui vasta experiência na área de Turismo. Atualmente é gestora Executiva e Relacionamento do Atibaia e Região Convention e Visitors Bureau. Empresária e consultora, participante do Conselho de Turismo, Conselho Estatual do Monumento Natural da Pedra Grande e Conselho do Parque Grota Funda. Defensora do cooperativismo e associativismo, sempre conectada aos principais temas relacionados ao Turismo, onde atua há 23 anos.