A Região de Atibaia tem alma criativa. Em cada feira de bairro, em cada ateliê, nos espaços culturais, nas oficinas de artesanato, na gastronomia, por toda parte, pulsa o movimento de gente criando, cooperando, gerando novas formas de viver e trabalhar.

Muito além dos importantes setores produtivos tradicionais, temos pessoas talentosas, criativas e empreendedoras que produzem alimentos artesanais, costuram roupas com identidade própria, pintam murais que contam histórias, organizam feiras de vendas ou trocas, criam soluções sustentáveis para a vida em comunidade. Isso tudo é parte do que chamamos de Economia Criativa e Economia Solidária.

A Economia Criativa valoriza a cultura, o talento e a inovação. É feita por artistas, artesãos, designers, músicos, escritores, produtores culturais, entre outros. Já a Economia Solidária é baseada na cooperação e na justiça social. É feita por grupos, associações e cooperativas que trabalham de forma coletiva, acima do lucro, focam no bem comum. Ambas são parte fundamental do desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade.

É nesse aspecto que venho hoje refletir com você sobre a importância da união de todos, pessoas que atuam cultural e solidariamente pela cidade, representantes dos setores públicos, meios de comunicação como faz exemplarmente o JVN, instituições de vários segmentos, associações representativas, população que consome e se favorece dos produtos  culturais, criativos e solidários, todos mesmo para fortalecer esse desenvolvimento sustentável pela economia criativa e solidária.

A proposta que apresento aqui é ampliar a articulação!

Existe sim preocupação, atenção, vontade e ações de todas as partes nesse sentido, mas existe grande potencial para muito mais, aí é que entra a idéia de ampliar a capacidade de articulação entre todos os setores.

A chave para isso não é esperar que venha pronto, é vamos fazer juntos! Quem são as pessoas e instituições que se dispõem a contribuir realmente nesse processo? Dispende tempo, trabalho, energia, deslocamento, alguns recursos, mas posso garantir, vale muito para o Bem de todos!

Alguns passos estratégicos para efetivar esse propósito:

O primeiro passo, porém, concomitante aos seguintes, é a definição de um grupo representativo de coordenação que abra espaços de diálogo e decisão em Conselhos ou Fóruns onde representantes da Economia Criativa e Solidária interajam com gestores públicos e outras instituições.

O segundo passo é o mapeamento participativo, promover encontros, visitar feiras, grupos, oficinas e projetos locais já em andamento. Isso ajuda a entender quem são essas pessoas, onde estão e do que precisam. É escutar com empatia e interesse real.

Num terceiro passo, diante das realidades levantadas, avaliar quais canais de apoios já existem nas estruturas públicas e privadas, quais precisam ser criados, espaços viáveis e disponíveis, parcerias possíveis, linhas de financiamento, como facilitar o acesso ao crédito, à formação no empreender, à consultoria jurídica, contábil, fiscal, aos canais de comercialização e aos mecanismos para organização coletiva.

É tempo de avançar, transformar sonhos em realizações, ampliar ações e fortalecer em políticas públicas, perenes, com significativo ganho social e maior desenvolvimento humano. Investir nessas economias é investir em trabalho digno, em cultura viva, em sustentabilidade e em desenvolvimento local.

As cidades da Região de Atibaia têm tudo para avançarem cada vez mais como exemplos de cidades que valorizam suas raízes, é território fértil de gente engajada com talentos diversos. Vamos unir para crescer, articular para desenvolver todo esse potencial de inclusão social por meio do empreendedorismo criativo e solidário.

Suas ideias e opiniões são sempre muito bem vindas para a reflexão acima e também para novos assuntos relacionados que abordaremos nos próximos artigos.

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