Atualmente com a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar, muitos brasileiros investem no aprendizado de um novo idioma, em geral o Inglês acabada sendo o idioma escolhido pela grande maioria dos profissionais por ser o idioma mais usado no mundo dos negócios em todo o mundo.
Mas infelizmente a recíproca não é verdadeira quando falamos do português. Atualmente temos visto muitos profissionais que negligenciam a língua portuguesa no dia a dia, seja no trabalho, nas mídias sociais e até mesmo em documentos formais.
E por mais óbvio e absurdamente óbvio que isso possa parecer, ter bom domínio da língua portuguesa atualmente é um diferencial para sua carreira, sem nem precisar dizer que faz toda a diferença para quem está em busca de um novo emprego.
Aliás é sobre isso que quero conversar hoje, infelizmente os novos profissionais que estão entrando no mercado nos últimos 10 anos estão sofrendo de “ignorância generalizada” quando o assunto é a língua portuguesa.
Não é raro vermos uma dificuldade imensa na interpretação de textos, em conseguir extrair uma ideia através de leituras, erros ao colocar tempos verbais e até mesmo contratos que dão medo só de pensar que foram assinados pela quantidade de ambiguidade presente.
Converso diariamente com diretores de recursos humanos de diferentes tipos de empresas e indústrias e fiquei perplexo com o número médio me passado de 70% de reprovações dos candidatos que realizaram os testes básicos de português.
Isso mesmo, 70% de reprovação. São erros de interpretações de texto, problemas com tempo verbal, excessos de gírias e até abreviações constantes de palavras como o vc ao invés de você, ñ ao invés de não, tb no lugar de também e assim por diante. Esses últimos são efeitos das redes sociais e dos aplicativos de mensageria instantânea.
Claro que não estou dizendo que todos temos que nos tornar um expert no Português, um errinho aqui e outro ali acontecem vez ou outra, entretanto estamos com muitos profissionais de uma nova geração com problemas sérios na língua mãe.
Se for sua opinião, podemos sim culpar o nosso sistema educacional por essa situação, mas isso não impede que cada profissional tenha sua iniciativa para buscar conhecimento por conta própria, certo?
E como fazer isso?
Ainda não inventaram nada melhor que ler bons livros, redigir textos, assistir aulas e até filmes para aperfeiçoar na comunicação escrita e oral. Isso mesmo!!!! Ler Livros, um hábito que infelizmente o brasileiro tem perdido a cada ano.
De acordo com a 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró Livro em parceria com o Itaú Cultural, o Brasil perdeu, nos últimos quatro anos, mais de 4,6 milhões de leitores. De 2015 para 2019, a porcentagem de leitores caiu de 56% para 52%. Já os não leitores, ou seja, brasileiros com mais de 5 anos que não leram nenhum livro (um absurdo), nem mesmo em parte, nos últimos três meses, representam 48% da população, o equivalente a cerca de 93 milhões de brasileiros.
Os dados já nos trazem o tamanho do buraco que vai estourar no mercado profissional.
Isso tudo significa uma coisa: ou vc vai falar mto bem o Inglês, a ponto de ñ precisar utilizar o Pt, ou vc vai “penar” mto para encontrar um emprego decente que lhe pague + do que seu Pt mereça alcançar.
Encerro minha coluna de hoje com uma frase que li, isso mesmo li em um saco reciclável: LER Prejudica gravemente a ignorância!
Ótima semana e uma boa reflexão.
Executivo de RH e Coach Executivo de diretores, VP’s e CEO’s de empresas nacionais e multinacionais, atendendo clientes em 13 países. Foi executivo de RH de uma das maiores empresas de bens de consumo do país, já desenvolveu mais de 38.000 profissionais ao longo dos seus 24 anos de carreira. Formado em Relações Públicas pela PUCCAMP, pós-graduado em Consultoria de Carreira pela FIA/USP e com 5 certificações internacionais em PNL e Coaching Integrado. Marcos é referência em Carreira e Gestão em veículos como: Valor Econômico, InfoMoney, G1, Yahoo Finance, Globo/EPTV, SBT, Você S/A, TV Bandeirantes, Nova Brasil FM, Carreira & Negócios entre outras, tendo mais de 120 matérias publicadas.