Primeiramente, vamos entender as diferenças de investidor anjo, cliente anjo e projeto piloto:
- Investidor anjo: é aquele onde sua principal participação é feita por meio de subsídio financeiro que geralmente fica entre 5% e 15% do patrimônio. Normalmente ele não tem uma posição executiva na empresa, porém é ativo nos processos de gestão e tomadas de decisões, pois participa minoritariamente do negócio.
- Cliente anjo: são grandes empresas que compram de fornecedores, normalmente startups, que estão iniciando e ainda não possuem muitos clientes ou tempo de mercado – fatores que poderiam impedir a prestação de serviços ou venda de soluções para algumas áreas in compliance das grandes corporações, prejudicando assim o avanço da inovação
- Projeto piloto: é uma forma de inovação, podendo ser um tipo de cocriação – neste caso o que representa a maior diferença com o cliente anjo se deve ao fato de estar relacionado com um projeto mais embrionário, quando clientes e fornecedores aceitam analisar novos produtos ou serviços.
Você já pensou se o seu negócio poderia receber investimento de um investidor anjo? Ou você que já tem um produto consolidado, porém a sua empresa tem pouco tempo de mercado e por esta razão você não consegue vender para grandes empresas, por que não se oferecer para fornecer seu produto e/ou serviço como cliente anjo? E por último, você que tem uma ideia, ou quer inovar, por que não se oferece para uma grande empresa com um custo menor ou até de forma pro bono para verificar se o seu projeto é viável ou não.
Acredito muito naquele ditado: “Quem caminho sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe”.
Na jornada do empreendedorismo, muitas vezes nos sentimos sozinhos e quando podemos trocar experiências, entender as necessidades de mercado e ainda termos apoiadores ou avaliadores para nos ajudar a inovar fica muito mais fácil. E o ideal que durante esta jornada, entender o que está de errado desde o início nos ajuda a corrigir a rota mais rápido e ter menos prejuízos emocionais e financeiros.
Comento da preocupação emocional neste processo, pois não há inteligência emocional que resista quando os boletos chegam e não temos dinheiro para pagar. Precisamos de humildade para entender que precisamos de ajuda e que muitas vezes precisaremos de um mentor formal ou informal para nos ajudar, afinal eles já passaram pela mesmo a dor e erros e pode encurtar esta jornada.
Se o seu negócio não estiver profissionalizado, processos estruturados e com pessoas preparadas, dificilmente alguma empresa irá apostar em você. Comento isto para que possam se preparar para crescer e estabelecer parcerias para buscar empresas que queiram investir em seu projeto piloto, ser seu investidor anjo ou adquirir sua solução como cliente anjo.
Nem todo empreendedor é um empresário e nem o inverso, profissionalize o seu negócio para que ele possa dar certo, prosperar e ser sustentável, por meio da inovação e buscando alguém para apostar em você!
Akemi Shida é diretora Geral da AS Consultoria de Recursos Humanos e possui mais de 18 anos de experiência em empresas como Itaú, Globo e FTD Educação. Psicóloga por formação, possui MBA em Gestão Estratégica de Negócios e pós-graduação em Psicodrama Sócio Educacional, além de formação em coaching executivo, life coaching e career coaching pelo Integrated Coaching Institute.
Especialista em liderança, planejamento de carreira, desenvolvimento humano e organizacional, atua como trainer e palestrante pela Abrain – Academia Brasileira de Inteligência. É master trainer pelo Instituto Mentor Coach e foi uma das profissionais de RH responsáveis pela primeira
certificação ISSO 9001 no continente africano, em Angola. Palestrante e escritora, é coautora de três livros: “A Arte de Brilhar”, “Desperte sua Melhor Versão” e “120 Sacadas para a vida pessoal e profissional”.