Começo este artigo com a seguinte pergunta:

O que é mais importante: a jornada ou o resultado?

Posso afirmar que o que realmente importa é a jornada da vida, do aprendizado que temos, a experiência vivida e o quanto impactamos a vida da nossa família, clientes, colaboradores, fornecedores, sociedade e todos que nos cerca.

Muitos me perguntam como liderar um time e um negócio seja para 2, 20, 200, 2000 pessoas ou mais. O primeiro passo é se aproximar para gerar confiança e depois conhecer o processo.

E para gerar confiança é necessário liderarmos a nós mesmos, começa liderando a própria mente, através da inteligência emocional. Depois lidera o próprio corpo, com atividade física, alimentação, sono e hobby. Na sequência lidera a sua casa, ou seja, sua família, por meio do seu exemplo e do seu novo modo de vida. Em seguida lidera seus pares laterais no trabalho, através do seu modelo, suas conquistas e sua maneira de agir com as pessoas, sempre ajudando e sendo proativo. Somente após esta sequência estaremos prontos para liderar uma equipe corporativa.

Trago esta reflexão porque a inteligência emocional é a base do sucesso da nossa vida pessoal, profissional, do nosso negócio e é o que nos ajudará a termos a mente blindada e sermos felizes na jornada da vida.

 A inteligência emocional é a capacidade de tomar consciência das próprias emoções e usá-las ao seu favor.

Você conhece suas principais emoções no dia a dia? Emoção é o mesmo que sentimento?

Emoção é um estímulo interior bioquímico, já o sentimento é a reação do corpo em função da emoção e é possível dar nome.

Quis deixar claro esta diferença porque se eu não tivesse autoconhecimento para gerenciar meus sentimentos, não teria gerenciado a minha “quase” falência em 2020. Morava em São Paulo nesta época e a minha consultoria de desenvolvimento humano e organizacional vinha crescendo muito e com clientes em todo o Brasil.

Em função da pandemia, tive todos os projetos em clientes suspensos. E de março a setembro daquele ano o único faturamento que tive foi a venda de um livro meu, a “Arte de Brilhar”, cujo preço era R$37,00. Em junho do mesmo ano veio a mudança repentina para a região de Atibaia. O meu marido construía o protótipo do Brew Pub e como os negócios pararam resolvemos mudar.

Naquele momento eu não sabia o que fazer, tinha muita resistência a redes sociais, lives e em relação a uma exposição continuada na internet. Outro fator que considerei, foi que um mês depois de ter mudado para cá, recebi o convite de um cliente da zona sul de São Paulo para ser gerente de Recursos Humanos e com um salário maior muito bom.

Quase aceitei, se não fosse o meu marido ressaltar que além do nosso planejamento financeiro que nos ajudaria a passar por aquela fase e que eu não deveria abandonar o meu sonho. E que deveria continuar a ajudar empresas e profissionais a crescerem e terem sucesso.

No início tive medo, pois sempre me planejei para evitar problemas financeiros e mudanças bruscas.

Lembrei da frase de um amigo que me falava quando comecei a empreender: “Está com medo? Vai com medo mesmo!”

E ao perceber o quanto eu estava apavorada, paralisada, ansiosa, indecisa e insegura, entendi que precisava usar da minha experiência e de novas ferramentas para responder ao medo para poder continuar. Lembrei e escrevi em um caderno as três principais lembranças de vitórias e conquistas, aprendi a meditar, pratiquei o mantra: “Eu quero, eu posso, eu consigo”.

O medo do ponto de vista científico, é uma sensação em consequência da liberação de hormônios como a adrenalina, que causam imediata aceleração dos batimentos cardíacos. É uma resposta do organismo a uma estimulação aversiva, física ou mental, cuja função é preparar o sujeito para uma possível luta ou fuga.

Com os exercícios acima consegui diminuir o medo e seguir em frente. Lembro que a primeira ação foi insistir no digital e apesar do receio, comecei a fazer lives, workshops para clientes em Manaus através do zoom e reestruturei o meu negócio. E nestes 3 anos crescemos, em 2020 tínhamos somente o escritório na Av. Paulista e atualmente atendemos em Atibaia, Bragança Paulista e Jundiaí.

É fundamental sabermos liderar a nós mesmo, pois atrás de um sorriso ou um bom dia motivador temos nossas angústias e inseguranças. E saber gerenciar nossos sentimentos é que nos ajudará em situações de desânimo, desmotivação e até a falta de energia para continuar.

Nesta pressão primeiramente recomendo a usar a emoção negativa e usar esta energia para superar os obstáculos, a fim de evitar que a equipe seja afetada negativamente. É o que ensinamos aos nossos clientes, ferramentas para usar a emoção negativa a seu favor e tornar o desconfortável em combustível para a ação.

Acredite, se as paredes pudessem falar, talvez nos contaria sobre nossas dúvidas, inseguranças e as dificuldades que enfrentamos no dia a dia  ao lidar com as responsabilidades e expectativas.

Pense nas pressões que os líderes enfrentam, nas decisões difíceis que precisamos tomar e nas expectativas que tentamos alcançar. A inteligência emocional nos ajudará a continuar e tornar esta jornada de muitos aprendizados e com maior leveza até chegarmos ao sucesso.

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