Às vésperas da posse de 5568 novos mandatários municipais, surge nos quatro cantos do Brasil uma velha ansiedade: “será que desta vez acertamos nosso voto?”

Os jabutis de plantão (ver meu artigo https://jornalvisaodenegocios.com.br/o-jabuti-na-arvore/), que ganham cargos em troca de apoio político, promovem muitas vezes um danoso desfile de más decisões, mascaradas pela inércia de prefeitos mais preocupados em manter suas bases de apoio que necessariamente realizar um bom governo. Some-se a isso uma população pouco participante do dia a dia da política e temos um cenário de risco para o desenvolvimento local.

No Brasil, infelizmente não temos salvaguardas para coibir a incompetência na gestão pública – só cabe lamentar quando ocorre o desmonte de bons projetos, programas e estruturas de boas políticas públicas, descartados por serem “do outro governo” – esta forma egóica e míope de lidar com a gestão pública é uma das razões do déficit de desenvolvimento na maioria dos municípios brasileiros…

Os prefeitos da nossa região terão desafios interessantes, orçamentos limitados (mas razoáveis), e uma afortunada proximidade de grandes centros, o que facilita acesso a informação, parcerias e formação de equipes com perfil técnico. Desejo aos prefeitos(as) eleitos(as) muito bom senso nas decisões e prioridades estratégicas, trazendo a cada cidade a valorização de suas vocações e respeito à sua realidade!

Sempre são mais bem sucedidos os dirigentes que promovem o diálogo verdadeiro com todos os segmentos da sociedade civil ( e não apenas com seus correligionários!), pois a democracia é uma planta que demanda cuidados e rega permanente. Nessa linha cabe fortalecer os Conselhos Municipais, e suas comissões de trabalho, as Audiências e Consultas Públicas, os canais de escuta como Ouvidorias Municipais, e a relação saudável com Organizações da Sociedade Civil, parceiros valorosos que ampliam a capacidade de atendimento ao executar programas em quase todas as áreas de atuação da prefeitura.

Visão estratégica, competência técnica e fomento à cooperação – uma fórmula que minimiza erros e cria oportunidades! O tamanho de minha expectativa é como dizia meu velho amigo e mestre Sebastião Guimarães: “Acredito em tudo e não espero nada!”. Prefeitos, por favor, me surpreendam!!!  

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