A transformação digital trouxe mais do que tecnologia: trouxe a urgência de colocar o cliente no centro da jornada
O setor de seguros brasileiro vive uma mudança estratégica. Não basta oferecer apólices robustas: o fator decisivo agora é a experiência. Simplicidade, clareza e personalização se tornaram pilares para conquistar e manter clientes.
Um mercado que cresce e exige evolução
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o segmento arrecadou R$ 70,77 bilhões nos dois primeiros meses de 2025, alta de 3,6% frente ao mesmo período do ano passado. Mas o dado mais relevante vem da percepção do consumidor: segundo a Accenture, 80% dos clientes estão dispostos a trocar de seguradora após uma experiência negativa, mesmo com boas coberturas.
“A percepção de valor não está mais apenas no contrato, mas na forma como a solução é compreendida e entregue”, destaca Dionísio Rafael, especialista no setor.
UX e CX como diferenciais
UX (User Experience) foca na usabilidade e acessibilidade das ferramentas digitais. CX (Customer Experience) cobre toda a jornada: do primeiro clique à solução final. Esses conceitos não são tendência, mas requisito para corretores e seguradoras que desejam se manter competitivos.
Tecnologia com propósito
Plataformas digitais e processos automatizados aumentam a produtividade, mas só geram valor quando a experiência é fluida. “A tecnologia deve ampliar a experiência, não substituí-la”, reforça Rafael.
Corretores ainda são protagonistas no relacionamento e precisam de ferramentas que agilizem, e não burocratizem, o atendimento. Para seguradoras, a missão é clara: integrar canais e eliminar atritos.
O futuro passa pelo vínculo
Mais que automação, inovação no setor significa maturidade estratégica e foco no cliente. “Se antes o diferencial era o produto, agora é o vínculo. E vínculo só se constrói com experiência relevante”, conclui o especialista.

